São Francisco de Assis
Disse um dia, Francisco ao irmão Vento
Fala-me de Deus por onde passas.
E ele sacudindo as árvores por um momento,
Espalhou flores por caminhos e praças.
Disse um dia, Francisco à irmã Água:
Fala-me de Deus com tua liquidez.
Disse ela: Criei o mar, lá tudo deságua
Faço a semente germinar, apesar da aridez.
Disse um dia, Francisco ao Fogo irmão:
Fala-me de Deus com tua força misteriosa,
Estou no âmago da terra, em cada coração,
Movo o universo. Faço desabrochar a rosa.
Disse um dia, Francisco à Mãe Terra:
Fala-me de Deus com tuas flores e frutos.
A todos acolho e sustento, da ave à fera,
Das criaturas mais belas, aos seres mais brutos.
Disse um dia, Francisco à irmã Lua:
Fala-me de Deus com teu clarão.
Disse ela: ilumino as trevas, o abismo, a rua.
Incendeio de luz o breu da escuridão.
Disse Francisco: fala-me de Deus sol nascente
Com tantos raios de luz e calor.
Tu que acordas de manhã, e dormes no poente.
E em bilhões de anos não perdeste o fulgor.
Às estrelas, disse um dia Francisco:
Falem-me de Deus com vosso manto de ouro.
Elas responderam: somos menor que um cisco.
Diante de Francisco com seu tesouro.
Francisco ficou quieto, pasmo, mudo.
Disse a si mesmo: Francisco, fala-me de Deus.
A voz não veio... Sussurrou... Meu Deus e meu tudo.
Faça-me o menor de todos os filhos teus.
Chorando e sorrindo disse à irmã morte:
Bem-vinda, bem-vinda sejas entre nós.
Aqui vieste de passagem ou lançar a sorte...?
Não! -- Vim buscar Francisco. Deus quer ouvir sua voz.
Francisco abraçou. Disse à irmã morte:
Fala-me de Deus, tu que és o grande tribunal.
Sou justa e fiel diante do fraco e do forte.
Levo a todos o recado da sentença final.
Finalmente, disse ele: Fala-me de Deus
Cântico das Criaturas:
Criaturas que a Deus sempre assistis.
Ele respondeu: Glória a Deus nas alturas
Assim disseram os anjos — Amém.
Disse, Francisco de Assis.
Disse um dia, Francisco ao irmão Vento
Fala-me de Deus por onde passas.
E ele sacudindo as árvores por um momento,
Espalhou flores por caminhos e praças.
Disse um dia, Francisco à irmã Água:
Fala-me de Deus com tua liquidez.
Disse ela: Criei o mar, lá tudo deságua
Faço a semente germinar, apesar da aridez.
Disse um dia, Francisco ao Fogo irmão:
Fala-me de Deus com tua força misteriosa,
Estou no âmago da terra, em cada coração,
Movo o universo. Faço desabrochar a rosa.
Disse um dia, Francisco à Mãe Terra:
Fala-me de Deus com tuas flores e frutos.
A todos acolho e sustento, da ave à fera,
Das criaturas mais belas, aos seres mais brutos.
Disse um dia, Francisco à irmã Lua:
Fala-me de Deus com teu clarão.
Disse ela: ilumino as trevas, o abismo, a rua.
Incendeio de luz o breu da escuridão.
Disse Francisco: fala-me de Deus sol nascente
Com tantos raios de luz e calor.
Tu que acordas de manhã, e dormes no poente.
E em bilhões de anos não perdeste o fulgor.
Às estrelas, disse um dia Francisco:
Falem-me de Deus com vosso manto de ouro.
Elas responderam: somos menor que um cisco.
Diante de Francisco com seu tesouro.
Francisco ficou quieto, pasmo, mudo.
Disse a si mesmo: Francisco, fala-me de Deus.
A voz não veio... Sussurrou... Meu Deus e meu tudo.
Faça-me o menor de todos os filhos teus.
Chorando e sorrindo disse à irmã morte:
Bem-vinda, bem-vinda sejas entre nós.
Aqui vieste de passagem ou lançar a sorte...?
Não! -- Vim buscar Francisco. Deus quer ouvir sua voz.
Francisco abraçou. Disse à irmã morte:
Fala-me de Deus, tu que és o grande tribunal.
Sou justa e fiel diante do fraco e do forte.
Levo a todos o recado da sentença final.
Finalmente, disse ele: Fala-me de Deus
Cântico das Criaturas:
Criaturas que a Deus sempre assistis.
Ele respondeu: Glória a Deus nas alturas
Assim disseram os anjos — Amém.
Disse, Francisco de Assis.
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