sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

DOM EDUARDO ROCHA QUINTELLA FAZ UMA SINOPSE DA OBRA DE TERESA DE ÁVILA - CASTELO INTERIOR OU MORADAS

31/01/2014

CASTELO INTERIOR OU MORADAS (1577)

TERESA DE ÁVILA

Este Livro é a obra monumental de Santa Teresa. Teresa tem 62 anos quando escreve sua Obra Prima: “O Castelo Interior”. É 1º de junho de 1577, vigília da festa da Santíssima Trindade. Em oração Teresa sempre pedira a Deus o conhecimento de uma alma em estado de Graça. Teve uma visão e apareceu-lhe um grande globo de cristal em forma de “castelo”, dividido em sete moradas.
O centro do castelo era a sétima morada onde habitava o Rei. Era grande o brilho de todas as moradas pois eram iluminadas a partir do centro. E quanto mais se aproximava do centro, maior era o esplendor.
A chave que abre a porta do castelo é a oração. Só entram na sétima morada aqueles que são convidados a realizar o matrimônio com o Rei, fazendo-se uma só coisa com Ele. Fora, ao redor do castelo havia uma multidão de sapos, víboras, lagartos e animais peçonhentos. Este livro é uma fascinante história de Amor entre Deus e a alma sedenta de penetrar na intimidade d’Ele. A chave que leva a esta intimidade é a Oração, diz Santa Teresa.
O Castelo Interior ou Moradas assim se divide:
Capítulos:
1ª Moradas (02 capítulos ) – Trata da iniciação da Vida de Oração. É tempo de conversão.
2ª Moradas (01 capítulo ) – Exercício das Virtudes e em especial da perseverança.
3ª Moradas (02 capítulos ) – Teresa fala da aridez e provas e de uma vivência mais radical das virtudes.
4ª Moradas (03 capítulos ) – Trata da Oração e Recolhimento interior.
5ª Moradas (04 capítulos ) – União com Deus e amor ao próximo.
6ª Moradas (11 capítulos ) – Narra as Graças extraordinárias que Teresa recebe.
7ª Moradas (04 capítulos ) – Trata do Matrimônio Espiritual, plenitude de vida Cristã a serviço da Igreja.
01 – Ideal Apostólico de Teresa
Teresa sente arder dentro de seu peito um fogo especial: o Espírito Apostólico. Deseja-se salvar almas, é porque quer fazer o seu Jesus – Sua Majestade – como o chama mais amado e o Seu nome propagado por toda a terra.
Interessa-se pelos Padres e os Teólogos, letrados como Teresa os chamam. Quer que também as suas filhas cheguem a este ardor Missionário mesmo se as coloca atrás das grades.
Teresa é uma mulher de pé no chão, prática, ainda que entrando nas esferas mais íntimas da vida espiritual. Para ela Deus se faz presente e pode ser contemplado mesmo entre as panelas.
Santa Teresa é cuidadosa na prática das virtudes: “Se vós não procurardes adquirir as virtudes e não vos exercitardes nelas, permanecereis sempre como anãs” (7 ª M, c IV, 9), isto ela o diz nas sétimas moradas, as mais profundas, interiores e elevadas do Castelo Interior, o que quer dizer que não se pode descuidar de praticar as virtudes, isto vale até quando se tem experiência da vida Mística mais sublime. “Pensai, pois, que quanto mais vossas Irmãs forem virtuosas, mais também seus louvores serão agradáveis a Deus e mais sua oração será proveitosa ao próximo” (7ª M, c IV, 15).
Teresa compreende que mesmo buscando a perfeição é possível cair muitas vezes. “Não desanimeis quando vos acontecer cair. Nem deixeis de querer ir adiante. Dessa mesma queda tirará Deus vosso bem, como faz o vendedor de triaga (remédio contra qualquer tipo de envenenamento), que para provar sua eficácia bebe primeiro veneno” (2ª M, c Único, 9 ).
“Enfim, minhas Irmãs, concluo com este pensamento: não construamos torres sem alicerces firmes. O Senhor não olha tanto a magnificência das obras. Olha mais o amor com que são feitas” (7ª M, c IV, 15).
Os conselhos de Santa Teresa são um Evangelho vivo e ela faz resplandecer a pessoa de Jesus com toda a sua beleza para que todos se sintam atraídos por Ele.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Reflete sobre o Pentecoste na Igreja e na vida do Cristão.

29/01/2013

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O Pentecostes da Igreja dia a dia.

A solenidade de Pentecostes destaca a essencialidade da presença do Espírito Santo na vida do evangelizador. O Evangelizador não pode ser um simples falador do Evangelho, precisa ser discípulo, alguém que fala e age no Espírito Santo de Deus. Em sentido geral, evangelizador é todo batizado que vive o Evangelho e dele dá testemunho com a vida e, mais estritamente, aquele que se empenha em alguma atividade apostólica ou pastoral.
Assim, na vida de cada cristão e cristã, e na vida da Igreja em geral, existe, como na vida de Cristo, uma Páscoa da ressurreição, da vida nova, e uma Páscoa da aliança, um Pentecostes. Não basta que a vida renasça; é preciso que ela se desenvolva e produza frutos. Os cristãos não podem permanecer sementes. É preciso que a semente germine, nasça, cresça e produza muito fruto. Eis o sentido do dom do Espírito de Pentecostes.
Se a Páscoa leva toda a Igreja a reviver e renovar o dom da vida recebido no Batismo, Pentecostes a leva a renovar o dom do Espírito recebido no sacramento da Crisma. Mas, a cada ano, ela é convidada a renovar as promessas do Batismo na Páscoa e a aliança no Espírito na solenidade de Pentecostes. O que se diz da Páscoa pode-se afirmar do Batismo e o que se diz de Pentecostes pode-se afirmar da Crisma.
Em cada solenidade de Pentecostes, a Igreja reaviva o Espírito que nos foi dado como Dom de Deus. Assim, reanimados e fortalecidos, seremos fecundos na gestação do Reino de Deus, levando à plenitude a vida nova recebida pela fé e pelo Batismo. O Espírito Santo quer ser invocado. Por isso, a Liturgia de Pentecostes exclama: Enviai Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Diocese Belo Horizonte - 29/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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Batismo
Sacramento da fé
O Batismo lava-nos do pecado

No grande credo da missa, símbolo Niceno-Constantinopolitano, professamos “um só batismo para a remissão dos pecados".
O uso da água no ato de batizar indica esse sentido. Quando lavamos, o fazemos sempre para limpar, para purificar. O batismo por imersão, que é uso nas igrejas do Oriente e que é recomendado também pelo nosso ritual, mostra ainda mais claramente a purificação interior. Se vemos no banho batismal o sepultamento do homem do pecado, fica claro que o batismo liberta da culpa e da escravidão do mal.
Além do rito da água, igualmente os textos da liturgia Batismal lembram que esse sacramento tira o pecado, a saber, os pecados que foram cometidos durante a vida (quando se trata de um adulto) e, em todo o caso, a raiz do pecado, a culpa original. A oração sobre a água pode servir de exemplo para isso: "Ó Deus,... ao longo da história da salvação vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo...
Nas águas do dilúvio pusestes fim aos vícios e, ao mesmo tempo, fizestes surgir um novo começo para a humanidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo, nascidos na água do batismo".
A fé da Igreja no "batismo para a remissão dos pecados", que a liturgia expressa em gestos e palavras, remonta às origens da Igreja. No dia de Pentecostes, Pedro disse: "Seja cada um de vós batizado em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos pecados" (At 2, 38). E Ananias a Paulo: "Recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados" (At 22, 16). Na carta aos Efésios (5, 25), Paulo lembra "como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, afim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela palavra". Esses são apenas alguns exemplos de muitos textos em que o Novo Testamento testemunha a mesma fé.
O batismo nos dá nova vida
Na bênção da água batismal, pedimos: "Que o Espírito Santo dê, por essa água, a graça de Cristo, a fim de que o homem, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova". Logo depois do ato de batizar, o celebrante se dirige àqueles que nesse momento serão ungidos com o Crisma, dizendo: "Deus Todo-poderoso... vos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo". Na entrega da veste branca ele diz: “Vós nascestes de novo”.
Assim a liturgia do batismo torna explícita a fé da Igreja, que é baseada nas palavras de Jesus a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo, quem não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3, 3). E mais tarde Jesus continua: "Em verdade, em verdade te digo: Quem não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer, e ouve o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito" (Jo 3, 5-8).
Nos escritos de São Paulo, o batismo não é diretamente chamado "nascimento", a não ser "banho de regeneração" (Tt 5, 5); mas é uma verdade fundamental para São Paulo que o batizado vive a vida nova.
Explicar teologicamente a vida nova não é fácil. Mas mesmo se acreditamos que Deus é Pai de todos os homens e que Jesus Cristo morreu para salvar a todos, não se pode negar a novidade da vida daqueles que, por terem sido batizados, podem chamar Deus de Abba, "Pai", que se tomaram "herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” e “1emplo do Espírito Santo" (Rm 8, 15-17; 1 Cor 6, 19). O batismo é para o cristão de fato a passagem para uma vida nova é fundamentalmente a sua Páscoa.

domingo, 26 de janeiro de 2014


DOM EDUARDO ROCHA QUINTELLA FAZ UMA SINTESE DA OBRA DE TERESA DE ÁVILA - CAMINHO DE PERFEIÇÃO

26/01/2014

CAMINHO DE PERFEIÇÃO – (1566-1567)

TERESA DE ÁVILA

O Livro chamado Caminho de Perfeição composto por Teresa de Jesus Monja da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, é destinado às Monjas Descalças de Nossa Senhora do Carmo da Regra Primitiva. Foi autografado em Valladolid, por isso é chamado também de Manuscrito de Valladolid por se encontrar no Carmelo dessa cidade.

Esta foi a primeira obra de Santa Teresa que veio à Luz. O Arcebispo Dom Teotônio, mandou-a imprimir em Évora – Portugal no de 1583, um ano após a morte da Santa.

Ela mesma colocou no princípio deste livro este protesto de Fé: "Em tudo o que neste Livro disser, me sujeito ao que ensina a Santa Madre Igreja Romana e, se em algum ponto estiver contrário à sua Doutrina, será por falta de saber. E assim, aos teólogos que o hão de rever, peço, por amor de Nosso Senhor, que examinem, muito particularmente e emendem qualquer erro que acharem nesta matéria e em todas as outras. Se houver alguma coisa boa, seja para Honra e Glória de Deus e serviço de sua Mãe Sacratíssima, Patrona e Senhora nossa, de quem trago o Hábito, embora muito indigna de o vestir".
Objetivo

Falando da Fundação do primeiro Mosteiro de São José, Teresa assim se expressa: “Este cantinho do céu, onde o Senhor Deus encontra as suas Complacências” (CP, c XXXV, 12 ). Foi para estas almas que querem ser instruídas pela mãe, e a pedido seus que Teresa escreveu o Caminho de Perfeição.

Teresa explica a razão pela qual fundou o Carmelo de São José: Sendo mulher e ruim, senti-me incapaz de trabalhar como desejava para a Glória de Deus. Tendo o Senhor tantos inimigos e tão poucos amigos toda a minha ânsia era, e ainda é que ao menos estes fossem bons.

Determinei-me então a fazer este pouquinho a meu alcance, que é seguir os Conselhos Evangélicos com toda a Perfeição possível e procurar que estas Irmãs aqui enclausuradas façam o mesmo.

Confiava na grande bondade de Deus, que nunca falta a quem por Ele se decide a tudo deixar... “E, ocupadas todas em Orações pelos defensores da Igreja, Pregadores e Letrados que a sustentam ajudaríamos, no que estivesse a nosso alcance, a este Senhor meu, tão atribulado por aqueles a quem fizera tanto bem” (CP, c I, 2 ).

“Não deixa de partir meu coração ao ver como se perdem tantas almas".

Ó minhas Irmãs em Cristo! Ajudai-me a suplicar isto ao Senhor, já que para este fim vos reuniu aqui. Esta é a vossa Vocação. Estes hão de ser vossos negócios. Estes, vossos desejos. “Aqui se empreguem vossas lágrimas” ( CP, c I, 4 – 5 ).

“Que importa ficar eu no Purgatório até o dia do Juízo, se por minha oração se salvar uma só alma?”

“Se vossas orações e desejos, disciplinas e jejuns não se empregarem no que deixei indicado, ficai certas de que não realizais nem cumpris o fim pelo qual o Senhor vos reuniu aqui” (CP, c III, 6 e 10 ).

“Sim, a vida de um bom Religioso, daquele que quer ser contado entre os amigos íntimos de Deus, é um longo martírio” (CP, c XII, 1 – 2 ).

“Deus, com efeito, não se dá totalmente senão àqueles que se dão totalmente a Ele” (CP, c XXVIII, 12 ).

Capítulos:

01 – 14 – Trata do ideal do novo Carmelo a serviço da Igreja.
15 – 18 – Teresa nos apresenta as virtudes da vida Cristã como exigências para a vida de Oração: “Caridade Fraterna, desprendimento, humildade e mortificação”.
19 – 42 – Teresa escreve um tratado de Teologia da Oração Mental e a Contemplação de Deus.
É dentro destes textos que Santa Teresa vai explicar os vários modos de oração:
Oração Mental – Oração Vocal – Oração de Recolhimento – Oração de Quietude
A Eucaristia – O Perdão como prova do Amor de Deus e o Temor de Deus cujo
Fundamento é a humildade.
Ela enquadra tudo isto na Oração do Pai Nosso.
Este é o verdadeiro Caminho de Perfeição que ela traça para suas filhas. Hoje é Patrimônio Universal e não apenas das Irmãs Carmelitas



SANTA MISSA DO III° DOMINGO DO TEMPO COMUM - Dia 26/01/2014

PRESIDIDA PELO BISPO DIOCESANO DE BELO HORIZONTE - DOM EDUARDO ROCHA QUINTELLA

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Veja no Link Abaixo fotos de Dom Eduardo Rocha Quintella - Bispo Diocesano de Belo Horizonte - MG - Brasil.

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Reze com Dom Eduardo A Senhora Aparecida- 24/01/2014

Oração a Nossa Senhora Aparecida -

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, 
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado a vossa singular protecção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demônio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos
na eterna glória, por todos os séculos dos séculos.
Amem
Diocese Belo Horizonte - 24/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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ESCRITOS DE TERESA DE ÁVILA
LIVRO DA VIDA – (1565)
GÊNESE E COMPOSIÇÃO

É o primeiro livro escrito pela Madre Teresa. Deveria tratar neste livro apenas da sua vida como uma autobiografia, mas pelo fato de estar vivendo uma rica época de sua vida marcada por experiências interiores e místicas, entrou logo de cheio na parte espiritual porque a oração que fazia parte integrante da sua vida transbordava do seu ser e ela não podendo conter este caudal de graças, derrama sobre suas filhas tudo o que sabe, pensa e vive sobre o tema da oração.
Quando percebe que se desviou do assunto de sua vida retoma a pena para falar um pouco mais de si e da fundação do Carmelo São José.
Trata neste livro dos Quatro Graus da Oração, assunto que desenvolve com clareza e entusiasmo desde o capítulo 11 ao 22.

Podemos dividir o Livro da Vida escrito em 1565 da seguinte forma:
Capítulos
01 – 10 – Faz sua autobiografia a partir da infância até a sua conversão.
11 – 22 – Doutrina sobre a Oração, apresentando os quatro graus que ela encontrou como quatro formas de regar um jardim.
23 – 31 – Volta à sua autobiografia narrando as Graças Místicas que recebeu do Senhor.
32 – 36 – Relata a história da Fundação do primeiro Convento da Reforma Carmelitana “São José de Ávila”.
37– 40– Teresa conta com singeleza as últimas Graças Místicas com as quais foi favorecida por Deus neste período.
Teresa escreve para suas Filhas e pensa que não deve haver segredos entre mães e filhos. Por isso suas obras são carregadas de conselhos valiosos. Mulher de rara prudência e com uma experiência riquíssima na vida Espiritual e Mística, foi capaz de escrever e orientar as pessoas dando-lhes conselhos certos e na hora certa. É profundamente humana e respeita as situações e dificuldades das pessoas.
Quando sabe que alguma Irmã ou pessoa que a procura passa por dificuldades assim se expressa: haverá muitos que começaram de longa data e não conseguem sair do princípio, devido em grande parte – creio – a não abraçarem a Cruz desde o início. Por esta razão andam aflitos julgando que nada fazem. Não podem suportar se o intelecto deixa de trabalhar, mas a vontade se robustece e cobra forças embora não percebam. Conversamo-nos de que o Senhor não apura estas coisas, que nos parecem faltas e não o são. Muitas vezes tudo provém de indisposições corporais. As mudanças de tempo e as variações dos humores fazem muitas vezes que, sem culpa sua ela não possa realizar o que quer e padeça de todos os modos. Em tais ocasiões, quanto mais lhe fazem violência, tanto mais dura o mal.
É preciso descrição para ver quando é o caso e não atormentar a pobrezinha. Entendam que estão doentes; mudem a hora da oração, e às vezes será necessário que assim façam durante alguns dias. É bom nem sempre deixar a oração quando o intelecto está muito distraído e perturbado. Há outras ocupações com obras de Caridade e leitura de bons livros, ainda que por vezes nem isto seja possível.
Em tudo se serve a Deus. Suave é o seu jugo. Torno a avisar e não importa se eu o repetir muitas vezes, porque é muito importante: por securas, inquietações ou distração nos pensamentos, ninguém fique atormentado ou aflito ( Vida, c XI, 15 – 17 ).
O Livro da Vida é um testemunho pessoal e ao mesmo tempo tem o caráter de uma Tese Doutrinal. Teresa percebe que tem um carisma próprio que a conduz da experiência Mística ao escrito Místico. Ela escreve no Livro da Vida a respeito de outra maneira de união: Uma coisa é receber do Senhor a Graça, outra, entender qual o favor e qual a Graça, outra finalmente, saber discernir e explicar o que é. Ela percebe que o que explica vem de Deus e não dela ( Vida, c XVII, 5 )

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Diocese Belo Horizonte - 22/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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Dom Eduardo Rocha Quintella - Bispo Diocesano de Belo Horizonte. Explica o Título de Doutora dado a Teresa de Ávila.

Teresa de Ávila - Doutora

Segundo o Dicionário Enciclopédico da Bíblia, trata-se daqueles carismáticos que eram capazes de instruir a Comunidade na Doutrina Cristã, não como os Profetas, mas pelo seu próprio conhecimento e compreensão, iluminados pelo Dom da Ciência.

Carisma é uma palavra derivada do Grego que significa Graça, e é geralmente traduzido por “Dom do Espírito”. Os Carismas são forças permanentes ou transitórias que Deus, pelo seu Espírito dá ao homem. Em sentido mais estrito entende-se por Carisma uma força especial, dada ao Cristão individual por via não sacramental, visando principalmente o bem do próximo para a construção da Igreja. (Ef 4, 12). Embora sendo um livre Dom de Deus o Carisma pode ser ambicionado (1 Cor 12, 31; 4, 1 . 12 . 39 ) a Oração nos dá a devida disposição para receber.

Carismas, em sentido estrito, são manifestações extraordinárias do Espírito Santo, dadas a membros individuais das Comunidades Cristãs, para benefício dos outros, sobretudo para a expansão do Cristianismo.

Ao proclamar Santa Teresa Doutora da Igreja foi reconhecido o seu Dom Carismático, ou seja, os Carismas que ela viveu implantando na Igreja a Reforma Carmelitana, escrevendo livros cheios de sabedoria, e colocando-se na Igreja como Mestra de Vida Espiritual, ensinando, aconselhando, rezando e fazendo-se canal da Graça de Deus para todos nós até os nossos dias.

Teresa é um Patrimônio da Humanidade e não simplesmente dos Carmelitas.

Teresa faz parte de um grande número de sábios que viveram a verdadeira sabedoria. Ela faz Teologia da oração, sem nem o perceber. Sua oração é comprometedora e libertadora, a verdadeira libertação que recebeu do seu próprio Mestre Jesus Cristo e a levou segura por caminhos novos.

+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Diocese Belo Horizonte - 22/01/2014

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Nossa Senhora das Graças - Oração

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo- nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. 

Rezar 3 Ave Marias.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.
Diocese Belo Horizonte - 22/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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Teresa de Jesus(Ávila) : Mulher Contemplativa

Quando se fala que uma pessoa é mística muitos tem a impressão de que se trata de uma pessoa voltada para as coisas espirituais, porém de uma maneira exagerada, ou quase chegando ao limiar da loucura. Não é este o sentido com o qual quero apresentar Teresa como uma mulher Mística, mas sim como uma mulher contemplativa voltada e aberta às moções do Espírito de uma forma muito perfeita e equilibrada.

O Místico é uma pessoa de vida contemplativa, Religiosa e cheia de experiências celestiais e divinas dentro do bom sentido da palavra. Já o misticismo é a tendência que orienta o pensamento para a busca de um absoluto, com o qual pretende a pessoa se unir normalmente por meios simbólicos. O misticismo envolve um conjunto de disposições, afetivas, intelectuais e morais, cuja meta final é a comunhão com Deus, o Todo Poderoso.

Na área da psiquiatria o fenômeno místico não é visto com muito bons olhos. Porém as Religiões, em geral procuram intensificar e exercitar o impulso místico com a prática da oração, do silêncio e do recolhimento, do jejum e abstinência, da castidade total ou periódica, visando com este comportamento chegar àquele estado de experiência Mística do Divino.

Teresa foi uma mulher Mística em todos os sentidos porque tendeu sempre para o Sagrado, o Íntimo, a Comunhão com Deus e a busca da Santidade partindo do interior. Teresa o prova quando mergulha no seu Castelo Interior para entrar em íntima Comunhão com Deus. Ardente e jubilosa entregou-se no Caminho de Perfeição buscando atingir o ideal contemplativo.

+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Diocese Belo Horizonte - 21/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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A oração da Igreja Celeste nos ajuda em nossa peregrinação terrestre. E

todos unidos como um só corpo de Cristo, louvamos a Deus pelo que Ele É,

Pois, Tal qual a terra precisa do sol para seguir, assim também nossa alma

precisa de Ti, Senhor.


A Ti toda glória e todo Louvor por toda a eternidade.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano De Belo Horizonte - Dia 20/01/2014 - Igreja de São Sebastião.
Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano De Belo Horizonte - Dia 20/01/2014 - Igreja de São Sebastião.
Diocese Belo Horizonte - 20/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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Novo Tempo

Fazer parte do novo tempo não adianta maquiar a aparência (remendo

novo), é preciso uma completa transformação uma mudança radical (odres

novos).

domingo, 19 de janeiro de 2014

Diocese Belo Horizonte - 19/01/2014

Bispo: Dom Eduardo R. Quintella

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Experiência de Deus

A experiência com o Amor de Deus é algo que muda nossa vida e história,

experimentar o amor de Deus de forma concreta, é descobri que

Deus nos ama e nos conhece, não se importando com nossas fraquezas e

pecados.

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