sexta-feira, 28 de março de 2014

QUARTO DOMINGO DA QUARESMA

Na liturgia da palavra deste quarto Domingo da quaresma, Jesus se apresenta como a luz do mundo. Nesse Domingo, ultrapassamos a metade da caminhada quaresmal, o grande retiro que a Igreja propõe a cada ano, como preparação para a celebração da Páscoa do Senhor.
Como é próprio da Liturgia, chega-se ao quarto Domingo da Quaresma cantando a alegria pela proximidade da Páscoa do Senhor. Alegria, igualmente, que ilumina a proposta divina de sermos seus aliados, para que o projeto do Reino aconteça entre nós.
O tema da vida interior, neste quarto Domingo da Quaresma, volta a ser proposto como caminho em busca da verdade que se encontra só em Deus. Em todos os momentos, somos convidados a buscar a verdade que se encontra em Jesus. Tudo depende da atitude de cada um de nós.
Assim, a quaresma nos é dada como sinal sacramental da nossa conversão em Cristo. É ele que nos converte e faz arder o nosso coração com a sua palavra. A conversão não é resultado do nosso esforço voluntarista, mas obra do Espírito de Deus que realiza em nós a transformação pascal, reavivando nossa adesão a Jesus Cristo.
As vestes de penitência apontam para a necessidade de tomar consciência do mal que está instalado no coração humano, assim como nas relações interpessoais e sociais. Se não fosse assim, não existiria a guerra, a violência, a destruição da natureza. Por isso, o grande apelo da quaresma é mudar de vida.
Vivemos numa realidade que, a cada dia que passa nos escraviza sempre mais. Influenciados pela ótica neoliberal, nos dias de hoje, o capitalismo não deixa de ser uma ideologia e uma prática marcante na vida de quem quer que seja.
A bem da verdade, os ideais do lucro e do ter são os fatores que nos movem e nos fazem sentir segurança apenas numa excelente posição social, cujo suporte é um salário que nos garanta no dia a dia de nossas vidas.
É o batismo que nos associa à Páscoa do Cristo e traz até nós seus benefícios. O batismo nos faz passar, nós também, da terra dos ídolos àquela do verdadeiro Deus, do exílio à Pátria, do Império de Satanás ao reino de Deus, da vida da terra àquela do Espírito, da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus.
Ele nos introduz na Igreja, de que a terra prometida era uma figura. Ele nos faz passar da morte do pecado à vida da graça. Como a primeira Páscoa, ele se opera na água. Como a Páscoa do Cristo ele nos dá a vida eterna.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
E-mail: domeduardorochaquintella@hotmail.com

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