terça-feira, 30 de julho de 2013

Dom Eduardo Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Exorta Sobre o Batismo.

30/07/2013
Batismo e Vocação
Vocação é uma palavra que vem do latim: "vocare" que significa chamar, chamado: ato de chamar, de escolher. O chamado é sempre uma iniciativa da parte de Deus; é Ele que escolhe e chama. Da pessoa chamada depende uma resposta livre e consciente, para que a vocação se concretize.
Deus nos chamou. Desde toda a eternidade destinou o ser humano a uma vocação natural: a existência, e nos chama constantemente em cada circunstância de nossa vida.  Ele nos vocacionou à vida: ser gente, à imagem e semelhança d' Ele. (Gen 1,26). O verbo chamar sempre nos direciona a uma missão: somos chamados a realizar o que Deus nos confia.
Ele deixou toda criação aos cuidados do ser humano, vocacionando-o ao amor, à união e à perpetuação da espécie, mas essa vocação só se realiza plenamente, quando o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança de Deus, entram em comunhão com a Trindade.
O ser humano é chamado a prosseguir no caminho do Senhor, Verdade e Vida. É no Batismo que a pessoa humana assume a verdadeira Identidade Cristã, tornando-se servidora do Reino.
A verdadeira vocação humana e cristã é de viver em comunhão e participação: ser povo de Deus. Logo, a vocação primeira de toda pessoa é a vocação batismal. Pelo Batismo, o cristão é chamado pelo Pai, adotado como filho e justificado de seus pecados; é incorporado a Jesus Cristo, ungido pelo Espírito Santo. Começa a pertencer à Igreja e é enviado para a missão: povo de Deus comprometido com a Igreja.
Viver a vocação batismal exige: uma Igreja sem discriminação, onde a dignidade de cada um dos seus membros é respeitada; todos os batizados têm direito de participar, pois todos são vocacionados a serem Santos e Santas; Inspirar-se no Espírito de Jesus recebido no Batismo.
A vocação batisma, nos leva a perceber que as vocações específicas são apenas desdobramento do batismo e não novas vocações. A única e verdadeira consagração é a que acontece no batismo.
As vocações específicas não são novas consagrações, mas sim a realização do batismo, através de uma resposta pessoal. O Mistério do nosso chamado, da nossa vocação, atua sempre no segredo do coração, nesse espaço do espírito, onde cada um de nós se encontra com Deus, qualquer que seja a maneira, esse encontro é sempre único para cada um.
O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano. Mas o encontro com o Deus amor, quando autêntico, sempre está acompanhado da tomada de consciência de pertencer a uma comunidade, que o próprio Deus reúne e convida à mesa, e somos introduzidos neste mistério pelo batismo, e como família compartilhamos da vida de Deus pela eucaristia, unidos no mesmo Espírito, convocados à missão de evangelizar.
Não há vida sem engajamento efetivo no serviço à igreja e à sua missão, cada um deve assumir a sua parte nas responsabilidades e nas tarefas, é exigência do batismo. Qualquer que seja a forma pela qual queremos viver concretamente o evangelho, qualquer que seja o nosso estado de vida, nenhum de nós pode se eximir dessa contribuição para a vitalidade da missão na Igreja. O Espírito de Jesus deve nos animar de tal modo que todas as nossas relações tenham a sua marca.
Nesta família de Deus, todos temos um rosto humano, e está situado em cada um de nós com as nossas raízes. Deus não desenraiza, não quebra vínculos, mesmo quando nos convida a deixar tudo para seguí-lo, nunca nos pede para renegar as nossas origens, nosso sangue, nosso meio, nosso país e nossa raça.
De fato pertencemos ao povo de Deus que é a Igreja, e por natureza o homem é um ser religioso, porque provém de Deus e para Ele caminha, e o homem só vai viver uma vida plenamente humana se viver livremente a sua vida com Deus. Cabe a todos nós corresponder ao desejo imenso de Deus que quer reunir todos os homens em tomo da sua mesa.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dom Eduardo Quintella - Bispo Diocesano BH - Elucida a Dignidade Humana.

29/07/2013
Privados De Dignidade
A Palavra de Deus nos propõe leis justas que defendam e promovam a vida, principalmente dos que estão privados de dignidade. Ela também mostra que a religião não pode, de forma alguma, explorar as pessoas.
Por este motivo, o cristão não busca milagres ou sabedorias que sejam lenitivos intelectuais (ou frases religiosas de autoajuda), mas busca Deus em Jesus Cristo, o verdadeiro templo, aquele que conhece o homem por dentro, que conhece a vida interior de cada um de nós.
Só em Cristo encontra-se a Verdade que pode habitar em nossos corações. Ou ainda, só Cristo é a Verdade do Pai, capaz de alimentar e iluminar nossa vida interior.
A nossa catequese nos atiça a mente e o coração para intensificarmos a busca do transcendente. É no Coração de Deus que nós encontramos o nosso descanso, a nossa paz, os nossos prazeres, a nossa felicidade, a nossa bem-aventurança.
Distanciar-nos daí é sair do caminho da felicidade, é correr pelos prados da insensatez, é viver uma vida que só pode levar à escuridão mais profunda e ao pior absurdo da vida humana, não ser feliz.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

Dom Eduardo Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Reflete sobre o Tesouro da Sabedoria

29/07/2013
Sabedoria do Reino de Deus
O rei Salomão não pediu a Deus riqueza, e sim sabedoria, isto é, o dom de distinguir entre o bem e o mal. A sabedoria do Reino de Deus é um tesouro, uma pérola de valor inestimável, e quem a encontra no campo da vida se prontifica a vender tudo para possuí-la em sua vida.
A possibilidade de escolha na vida é uma opção que cabe a quem pretende se tornar discípulo de Jesus e entrar na dinâmica do Reino de Deus. A Igreja não é só para os perfeitos. É uma rede que acolhe todas as espécies, mesmo que isso não torne seu aspecto muito agradável e santo.
A verdadeira sabedoria é aquela que conhece seus limites, conhece o provisório na própria vida e na vida dos outros, na sociedade e no mundo, não fixa ninguém no seu pecado, mas também não canoniza ninguém antes da hora.
Cristo é o Reino vivo de Deus que se tornou nosso Caminho, Verdade e Vida. Ser cristão é uma graça e um desafio: temos que vender tudo e depois investir tudo com alegria: nossas capacidades morais, psicológicas e espirituais, para que pouco a pouco vá tomando corpo entre nós, no nosso mundo, o Reino de Deus, Reino este que é de justiça e amor, de paz e bem, no qual todos têm um lugar.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sábado, 27 de julho de 2013

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano BH. Reflete sobre a Vida Humana.

27/07/2013
Visão Humanitária da Vida.
A prática da solidariedade como vivência concreta da caridade não é uma escolha que a comunidade de seguidores (as) de Jesus possa fazer; ela é uma dimensão a que a comunidade não pode renunciar, não por praticar. Nossa ação precisa começar em nossas próprias comunidades cristãs. Trata-se de criar oportunidade de conscientização sobre o valor sagrado da vida.
Ela é necessária para enfrentar com firmeza e liberdade as propostas de uma moral que deixa de lado os valores humanos e evangélicos. E para firmar modos de pensar e de agir que testemunhem a unidade em torno da defesa da vida desde o seu nascimento até a morte
Tratando-se da vida humana, as questões tornam-se ainda mais preocupantes. A pobreza extrema e a falta de políticas sociais adequadas deixam a vida humana exposta a situações de risco e precariedade.
A violência endêmica e o crime organizado ceifam numerosas vidas humanas, lamentavelmente, muitas delas, em plena flor da juventude! Submetida à lógica do mercado e da vantagem econômica, a vida humana acaba valendo muito pouco.
A degradação ambiental, a contaminação e poluição das águas e do ar, em consequência de políticas econômicas irresponsáveis, desencadeiam mecanismos que põem em risco a própria sobrevivência da vida no nosso planeta.
O ser humano, desde o início da história, sempre teve a tentação de se tornar senhor absoluto da vida e da morte; claro, é pretensão dos fortes sobre os mais fracos.
E isso não lhe trouxe nada de bom. Só Deus é senhor da vida, porque só ele é capaz de chamar do nada à existência e de dar plenitude à vida humana.
A solução é a educação para a maior valorização da vida humana e para comportamentos sexuais consequentes com a grande responsabilidade de transmitir a vida a um novo ser humano.
Esta é a grande questão para refletir sobre a complexa problemática que atinge a vida sobre a terra, em especial, a vida humana.
Está em jogo o futuro da vida na Terra, nossa casa comum, e de todos os seus habitantes. Uma solução responsável só poderá ser solidária e fraterna, no pleno respeito ao desígnio de Deus Criador e Senhor da vida.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte.

Dom Eduardo R. Quintella Exorta sobre A Antropologia Teológica Eclesial

27/07/2013
Antropologia Teológica Eclesial


No Deus que chama o não-ser ao ser, o futuro se torna compreensível uma vez que pode ser esperado. O cristão vive para além do dia, na espera das coisas que, de acordo com a promessa do Criador do mundo, devem vir. Na perspectiva do Deus criador, é possível compreender um amor para com o não existente, para com o desigual, transitório e sem valor.
A esperança é capaz de ver um futuro para o que passa, o que morre, futuro este que está nas promessas do Deus criador. Por isso, viver sem esperança é como não mais viver. A esperança colocada no Criador torna-se felicidade no presente, pois seu amor nada deixa ao nada e mostra a tudo a abertura em direção ao possível, onde poderá viver e, com certeza, viverá.
Com a vinda de Jesus ao mundo, concretizam-se as nossas esperanças, pois o prometido e esperado torna-se visível. Cristo, o novo Adão, carrega sobre si os pecados dos homens e Deus exalta sua humilhação. Jesus vem trazer ao mundo uma mensagem de misericórdia, de perdão e de salvação, mudando o foco do julgamento da lei para a graça de Deus. Seus milagres são manifestações da salvação que chamam à fé num Deus que deseja a plena felicidade do homem. Graças à Sua ressurreição, temos a garantia de que também ressuscitaremos para a vida eterna após nosso encontro pessoal com Ele na morte.
As experiências dos movimentos e das nossas comunidades afirma que é preciso recompor o tecido da sociedade humana e também a necessidade de recompor o tecido da comunidade eclesial. Esses são chamados a render testemunho do mistério da comunhão, do milagre da unidade, da esperança, que se manifesta na relação humana mais verdadeiramente reconciliadora, fraterna, plena de humanidade, milagre suscitado pelo Espírito de Deus para a conversão e transformação do mundo. 
Neste sentido a Igreja é e deve difundir ainda mais de forma universal o sinal, o fluxo e semente de um mundo reconciliado, salvo. A história da Igreja se demonstra com o movimento eclesial suscitado pelo Espírito Santo no decorrer dos séculos. Sempre tiveram a intenção de retornar a fonte e atualizar de formas diversas e novas a experiência da comunidade primitiva descrita pelos Atos dos Apóstolos. A adesão fiel à Igreja é sinal de um renovado encontro com Jesus Cristo. De um Cristo encontrado, sobretudo na Eucaristia, que é o centro e o núcleo da Igreja, do qual Ele é a cabeça.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sábado, 20 de julho de 2013

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano BH. Destaca Uma Faceta Do Ser Humano

20/07/2013
As aparências não enganam a Deus
De cada um de nós, Deus possui duas imagens: a imagem do que somos e a imagem do que poderíamos ser, segundo o projeto divino. Nós valemos não pelo que dizemos ou prometemos, mas por aquilo que construímos como pessoa, como cidadão.
Temos tendências místicas, religiosas, e sofremos também o apelo da matéria. O bem e o mal disputam espaço entre nós. É a dialética existencial que nos marca, divide e desafia dia e noite.
Mesmo dividido, retalhado, deixe seu coração cantar, saudando cada novo amanhecer com fé, esperança e caridade o caminho ao encontro da vida, levando entusiasmo na alma e um sorriso na fronte. Você pode e deve ser uma criatura harmoniosa, pacificada e musical.
Há, no comportamento humano, um jogo de cena: com frequência ele volta sua atenção para o cultivo das aparências. Essas impressionam bem mais que a dura realidade. Por vezes, as aparências respondem justamente ao desejo de ocultar a miséria pessoal.
Com o passar do tempo, o ser humano revela-se incapaz de conviver com sua própria realidade e faz das aparências sua forma de ser. É a máscara. Com alguma esperteza, ele imagina que as outras pessoas seriam levadas a acreditá-lo transparente e veraz. O pior momento desse truque é quando ele supõe ingenuamente que, podendo enganar a si mesmo e aos outros, possa fazer o Mesmo com Deus.
De forma estupenda, Jesus delineou esta ilusão na figura do fariseu que não hesita em contar vantagens em sua oração, já o publicano, consciente de sua degradação moral, faz apelo à misericórdia divina; tem compaixão do pecador que eu sou.
Se Deus, na criação imprimiu no ser humano sua imagem, não há caminho de vida sem rigorosa fidelidade a ela. Quem investe nas aparências será personagem, jamais pessoa.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Reze Com Dom Eduardo Rocha Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Poderosa Reza do Terço da Misericórdia de São José - Reze Com O Bispo e Obtenha graças Insondáveis.

Não Esqueça de Mandar Seu Donativo para a Campanha dos Devotos de São José Esposo de Maria e descrição da Graça alcançada para e-mail: domeduardorochaquintella@hotmail.com, para ser publicada nos Anais Da Diocese Católica Belo Horizonte.

Caixa Econômica Federal e Lotéricas

Agência 2161

Op 013

Conta Corrente - 20362-2

CNPJ: 17.773.152/0001-20







Terço da Misericórdia de São José Esposo de Maria

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dom Eduardo R. Quintella Reflete Sobre as Linhas Mestras De Jesus

17/07/2013
Nas pegadas de Jesus Cristo
A Fé em Jesus leva-nos a viver como Ele viveu. E a maneira de Jesus viver é totalmente contrária ao modelo de vida que nos é apresentado pelo mundo tão conturbado. Somos convidados a sermos testemunhas fiéis na Fé, na Caridade, no bom exemplo cristão porque o bem nunca muda. Por isso, durante este espaço da vida que temos aqui na Terra, precisamos ser adestrados no amor.
Assim como aprendemos a cantar, cantando; a nadar, nadando; a tocar violão, tocando; também se aprende amar, amando. Por isso Deus nos pôs ao lado uns dos outros e nos fez família. Suscitou no coração de cada um de nós a capacidade de amar. Na vida, há momentos de luz e de sombras: às vezes, tudo parece claro; outras vezes, não se vê bem quase nada.
Nossa Fé passa também por períodos contrastantes que até se alternam num ciclo de presença e de ausência. Trata-se de uma pedagogia da vida, do próprio mistério de Deus que se dá a conhecer, mas nos indica que Ele se ausenta sem deixar de estar presente.
Esse aparente paradoxo traz consigo uma possibilidade de nos fazer crescer na fé. Para quem crê, não é difícil descobrir a misteriosa, mas Real Presença de Cristo.
Caminhar nas pegadas de Jesus, hoje, é ser chamado a uma vida comunitária, como resistência contra - cultural, enraizada no silêncio, na solidão e na oração, em solidariedade com todos, especialmente os mais pobres de nossa sociedade.
Assim como as plantas não crescem se puxarmos suas folhas, mas ao contrário, só crescerão quando as regarmos e oferecemos o calor do sol e uma terra fértil, assim também somos nós.
Ninguém cresce se não encontrar um ambiente que ofereça gratuitamente amor declarado, presença sincera, verdade amorosa, vibrante encorajamento. É desta forma que fazemos com que plantas e pessoas cresçam tornando-se tudo o que possuem como semente.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

domingo, 14 de julho de 2013

Dom Eduardo Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Exorta complexidade e beleza do Ser Humano

14/07/2013
O SER HUMANO: COMPLEXIDADE E BELEZA


Somos um mistério! E por um processo contínuo de descobertas e aprendizagem, nos deparamos com nossa realidade, ora escondida ora revelada. Ser mistério não significa ser estranho, desconhecido, intocável. O mistério se constitui sempre de uma dimensão escondida e outra revelada. Por mais que conheçamos a nós e ao outro, algo sempre ficará por ser desvelado. E nisso reside a complexidade e a beleza de cada um (a) de nós.
Somos complexos porque temos muitas possibilidades e características, além de um enorme potencial, que pode nos guiar a diferentes direções. Descobrimos que somos, por vezes, sábios e inteligentes, mas também dementes e ignorantes. Sabemos fazer coisas belas e coisas trágicas; somos portadores de luz, mas também de trevas.
Por outro lado, somos desconhecidos de nós mesmos. Caímos na conta de que não somos capazes de esgotar o mistério nem em nós nem nos demais, apesar de todas as descobertas. E aí reside a nossa beleza. Estamos sempre na esfera das possibilidades. A cada dia podemos crescer, recomeçar, dar e ter outra chance, criar e recriar... Somos eternos buscadores e descobridores de nós mesmos e da vida.
Nessa trajetória de descobertas, por vezes nos surpreendemos, seja pelas coisas bonitas que somos e realizamos, seja pelas limitações e contradições que experimentamos. Saber da existência desses paradoxos, nos permite ser mais humanos e mais acolhedores. E as perguntas que, na maioria das vezes, não encontram respostas, freqüentemente nos visitam a consciência: Por que, se temos capacidade de fazer o bem, optamos pelo mal? Por que desenvolvemos a capacidade destruição quando podemos criar harmonia e boa convivência? Por que, como perguntava São Paulo, fazemos o que não queremos e não fazemos aquilo que gostaríamos?
É o preço de nossa humanidade. Em nós residem, ao mesmo tempo, o espírito de cuidado e do descuido, a capacidade de amar e de odiar, a coragem e o medo, a inclinação para a vida e para a morte. A direção a ser escolhida dependerá de como aprendemos “pintar a vida”. É a exigente tarefa de, em algum momento da vida, tomarmos a história em nossas próprias mãos, com maior autonomia, liberdade responsável e criatividade.
Cabe a nós, com a ajuda e presença dos demais, cultivarmos mais os gestos e sinais de beleza e de vida. Para isso, necessitamos de uma permanente vigilância e de uma busca sincera, que nasce do coração. Portanto, é de suma importância tomar consciência de quem somos e de como vivemos cada experiência; em seguida, acolher tudo, com abertura de coração; depois, integrar as descobertas, abraçando o que gera vida em nós e nos demais; por último, fazer novas escolhas e desfrutar da vida.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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