VIDA COMUNITÁRIA – 16/05/2014
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Portal na Internet: www.domquintella.com.br
E-mail: domeduardorochaquintella@hotmail.com
VIDA COMUNITÁRIA – 16/05/2014
Hoje queremos considerar atentamente o sentido e o valor da vida em comunidade e sobre a virtude básica que a sustenta: o amor.
A primeira e fundamental expressão de comunidade é o próprio Deus. Segundo a revelação cristã: professamos uma fé monoteísta, cremos num Deus único e verdadeiro, e ao mesmo tempo este Deus se revela a nós em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A marca essencial da Trindade que a torna um Deus único é o amor. "Deus é amor", diz-nos a carta de João (1 Jo 4, 16).
Desde que este nosso Deus criou o homem e a mulher e Ilhes atribuiu a missão de crescer e multiplicar-se, originou-se a família. Disso resulta ainda a interdependência das pessoas: uns precisam dos outros.
Consequentemente, a vida em comum foi sempre uma preocupação para o ser humano, pois está em jogo a necessidade de seu desenvolvimento, de seu amadurecimento,
trata-se de um ser social. Ao longo de toda a sua existência, o caráter da sociabilidade sempre acompanhará o ser humano. São essenciais para a pessoa: a família, a convivência com os amigos, a escola e a pertença a um grupo religioso ou ideológico. Para isso, a pessoa humana foi dotada de sentimentos que a levam a uma convivência sadia, realizadora, pacífica, tais como os gestos, o afeto, as palavras, a capacidade de diálogo. Tudo contribuindo para satisfazer suas necessidades básicas: o bem comum, objetivos certos, valores pessoais que se complementam, solidariedade, amadurecimento, união para enfrentar os desafios etc.
Na perspectiva cristã, o sentido de comunidade traz dados mais profundos e sólidos nos quais a fé se fundamenta. A própria visão que temos do nosso Deus: comunidade perfeita alicerçada no amor, pessoas em perfeita comunhão, nos aponta uma meta a ser sempre perseguida.
Por isso, as qualidades humanas que vamos adquirindo no decorrer de nossa existência contribuem para a vida em comunidade e elas são, também, é claro, dons de Deus.
Mas o dom por excelência que o Senhor nos concede é o amor. Amar é participar da própria essência divina, é a própria ação de Deus impulsionando-nos para o espírito de doação, da gratuidade de nossos atos em vista do bem do outro, do bem comum, pois este, na perspectiva humana e cristã, deve falar mais alto do que o bem individual.
Quando nos amamos como Deus nos ama, somos capazes de superar obstáculos, de nos compreender, de perdoar, de romper com as mágoas, os ressentimentos e olhar-nos sempre com um olhar novo, de nos alegrar com o bem do outro.
Somente na graça do amor isso é possível e torna-se igualmente possível à vida em comunidade.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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E-mail: domeduardorochaquintella@hotmail.com
VIDA COMUNITÁRIA – 16/05/2014
Hoje queremos considerar atentamente o sentido e o valor da vida em comunidade e sobre a virtude básica que a sustenta: o amor.
A primeira e fundamental expressão de comunidade é o próprio Deus. Segundo a revelação cristã: professamos uma fé monoteísta, cremos num Deus único e verdadeiro, e ao mesmo tempo este Deus se revela a nós em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A marca essencial da Trindade que a torna um Deus único é o amor. "Deus é amor", diz-nos a carta de João (1 Jo 4, 16).
Desde que este nosso Deus criou o homem e a mulher e Ilhes atribuiu a missão de crescer e multiplicar-se, originou-se a família. Disso resulta ainda a interdependência das pessoas: uns precisam dos outros.
Consequentemente, a vida em comum foi sempre uma preocupação para o ser humano, pois está em jogo a necessidade de seu desenvolvimento, de seu amadurecimento,
trata-se de um ser social. Ao longo de toda a sua existência, o caráter da sociabilidade sempre acompanhará o ser humano. São essenciais para a pessoa: a família, a convivência com os amigos, a escola e a pertença a um grupo religioso ou ideológico. Para isso, a pessoa humana foi dotada de sentimentos que a levam a uma convivência sadia, realizadora, pacífica, tais como os gestos, o afeto, as palavras, a capacidade de diálogo. Tudo contribuindo para satisfazer suas necessidades básicas: o bem comum, objetivos certos, valores pessoais que se complementam, solidariedade, amadurecimento, união para enfrentar os desafios etc.
Na perspectiva cristã, o sentido de comunidade traz dados mais profundos e sólidos nos quais a fé se fundamenta. A própria visão que temos do nosso Deus: comunidade perfeita alicerçada no amor, pessoas em perfeita comunhão, nos aponta uma meta a ser sempre perseguida.
Por isso, as qualidades humanas que vamos adquirindo no decorrer de nossa existência contribuem para a vida em comunidade e elas são, também, é claro, dons de Deus.
Mas o dom por excelência que o Senhor nos concede é o amor. Amar é participar da própria essência divina, é a própria ação de Deus impulsionando-nos para o espírito de doação, da gratuidade de nossos atos em vista do bem do outro, do bem comum, pois este, na perspectiva humana e cristã, deve falar mais alto do que o bem individual.
Quando nos amamos como Deus nos ama, somos capazes de superar obstáculos, de nos compreender, de perdoar, de romper com as mágoas, os ressentimentos e olhar-nos sempre com um olhar novo, de nos alegrar com o bem do outro.
Somente na graça do amor isso é possível e torna-se igualmente possível à vida em comunidade.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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