sexta-feira, 23 de maio de 2014

O SER HUMANO – 23/05/2014

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Qualquer pessoa na verdade é mais que uma pessoa. De certa forma, dentro de cada um, várias pessoas brigam para manter o controle. Para simplificar os conceitos freudianos: há o ego, a pessoa que mantém consciência, é racional, age em função de seus planos e idéias; além dele, há o superego, uma espécie de pai, moral que diz para você o que é certo e errado; por fim, há o id, uma criança, os impulsos primitivos.

O problema não para aí. Há o sujeito social, aquele que se regula pelo outros, calcula as expectativas desses antes de tomar uma decisão. Quem é que deve ficar no comando do sujeito. O que é mais produtivo em termos de carreira. Na verdade, todos têm direito a palpitar e todos são úteis ou inúteis, a depender da situação. Vejamos:

O lado racional: Raciocínios, ideias, informações, avaliações precisas. Usualmente esse é que tem de preponderar, para que se tomem as melhores decisões. O risco é o indivíduo tornar-se exageradamente racional e atrofiar todos os seus outros personagens, vale dizer, o emocional, o moral. Assim, mesmo buscando uma avaliação racional e um comportamento condizente, não se deve esquecer-se das emoções, do social, do moral.

O lado emocional: Emoção, como diz a origem etimológica da palavra, é impulso para a ação. Sem emoção não há solução, poderíamos dizer. Além de colorirem a vida, de garantir o entusiasmo e a vibração com as conquistas, a emoção nos liga às outras pessoas, contagia-as. O perigo é que emoções passem a ocupar espaços exagerados, matando a racionalidade do sujeito. Há também o risco de interferência de contraproducentes (medo, raiva, tristeza), que não levam a coisa boa nenhuma.

O lado social. Ter respeito e consideração pelos outros é ótimo., mas o sujeito que fica todo o tempo tentando agradar, é péssimo. Cultive boas amizades, importe-se com sentimentos alheios, queira agradar, queira ser bem-vindo e bem aceito. Mas, não se torne um camaleão.

O lado moral - Reflete os valores - e dão valor à pessoa. O problema é que a tendência ao moralismo, à preponderância de uma atitude de regulador, isto é, de indivíduo sempre pronto a julgar, condenar, isso é muito ruim. Tenha valores, mas não seja aprisionado por eles a ponto de inviabilizar suas relações com os outros.

Portanto lancemos mãos de nossas faculdades racional, para que sejamos pessoas mais plenas.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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