SILÊNCIO REALIDADE – 10/07/2014
Portal na Internet: www.domquintella.com.br
E-MAIL: DOMEDUARDOROCHAQUINTELLA@HOTMAIL.COM
O silêncio é todo um processo de acalmar ruídos. Sossegar a própria palavras. Até chegar à escuta. No interior da pessoa. Da mensagem de todos os seres e do ser em todos os seres. Um vazio. Não cheio de um vazio. Não cheio de coisa alguma. Mas pleno de presenças que estão aí. Mesmo quando não lhe damos atenção.
Não é uma fuga da realidade nem da dureza da luta diária para domesticá-la: é antes. Um mergulhar no mais profundo da realidade: Uma viagem ao interior das coisas. Das pessoas e da vida: Um renunciar a borboletear na superfície das mesmas.
O silêncio é difícil. É necessário experimentá-lo periodicamente para alcançar o reencontro conosco mesmo. Com o nosso ser pessoal. Centro de decisões. É antes de tudo. Defesa necessária da pessoa e da personalidade
O silêncio nos deve mover a vontade de ser livre e de experimentar esta liberdade. O silêncio é distância necessária para quem tem de caminhar pela história e há de fazê-lo. Não às cegas. Mas discernindo com lucidez. Uma experiência não refletida é uma experiência não vivida.
É preciso ao mesmo tempo. Presença e distância da realidade para contemplá-la em seu contexto de relações com outras realidades humanas e divinas. Descobrir todas as dimensões da mesma. E nela a presença do Deus da história.
O silêncio é acolhida necessária do DOM de Deus que nos dá na vida. Mesmo dando a própria Vida. Não damos nada. Apenas devolvemos. Por isso é preciso dá-la. Cada dia. Gratuitamente e Generosamente. O silêncio é redutor de deserto interior portátil.
Lugar de encontro pessoal com Deus. Não é um luxo, é um direito a ser pessoa. Pertence à dimensão pessoal profunda. Purificada do risco de cair na dimensão individualista.
O silêncio é também uma forma de palavra cristã necessária. Diante do mistério. Diante da dor própria ou alheia. Diante a violência e da injustiça. Que se infringe a outros e a nós. O nosso silêncio é o silêncio daquele que discerne a ação de Deus e a própria caminhada no mundo. É o silêncio do apóstolo comprometido. Por missão. Com o ser humano e sua História.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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E-MAIL: DOMEDUARDOROCHAQUINTELLA@HOTMAIL.COM
O silêncio é todo um processo de acalmar ruídos. Sossegar a própria palavras. Até chegar à escuta. No interior da pessoa. Da mensagem de todos os seres e do ser em todos os seres. Um vazio. Não cheio de um vazio. Não cheio de coisa alguma. Mas pleno de presenças que estão aí. Mesmo quando não lhe damos atenção.
Não é uma fuga da realidade nem da dureza da luta diária para domesticá-la: é antes. Um mergulhar no mais profundo da realidade: Uma viagem ao interior das coisas. Das pessoas e da vida: Um renunciar a borboletear na superfície das mesmas.
O silêncio é difícil. É necessário experimentá-lo periodicamente para alcançar o reencontro conosco mesmo. Com o nosso ser pessoal. Centro de decisões. É antes de tudo. Defesa necessária da pessoa e da personalidade
O silêncio nos deve mover a vontade de ser livre e de experimentar esta liberdade. O silêncio é distância necessária para quem tem de caminhar pela história e há de fazê-lo. Não às cegas. Mas discernindo com lucidez. Uma experiência não refletida é uma experiência não vivida.
É preciso ao mesmo tempo. Presença e distância da realidade para contemplá-la em seu contexto de relações com outras realidades humanas e divinas. Descobrir todas as dimensões da mesma. E nela a presença do Deus da história.
O silêncio é acolhida necessária do DOM de Deus que nos dá na vida. Mesmo dando a própria Vida. Não damos nada. Apenas devolvemos. Por isso é preciso dá-la. Cada dia. Gratuitamente e Generosamente. O silêncio é redutor de deserto interior portátil.
Lugar de encontro pessoal com Deus. Não é um luxo, é um direito a ser pessoa. Pertence à dimensão pessoal profunda. Purificada do risco de cair na dimensão individualista.
O silêncio é também uma forma de palavra cristã necessária. Diante do mistério. Diante da dor própria ou alheia. Diante a violência e da injustiça. Que se infringe a outros e a nós. O nosso silêncio é o silêncio daquele que discerne a ação de Deus e a própria caminhada no mundo. É o silêncio do apóstolo comprometido. Por missão. Com o ser humano e sua História.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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