domingo, 26 de maio de 2013



Pai Transcendente
Visite Portal na internet: www.domquintella.com.br 
A invocação de Deus como Pai é conhecida em muitas religiões. Em Israel, Deus é chamado de Pai enquanto Criador do mundo. Deus é Pai, mais ainda, em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, seu filho primogênito. É também chamado de Pai do rei de Israel. Muito particularmente ele é o Pai dos pobres, do órfão e da viúva, que estão sob sua proteção de amor.
O designar a Deus com o nome de Pai, a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: que Deus é origem primeira de tudo e autoridade transcendente, e que ao mesmo tempo é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade que indica mais a imanência de Deus, a intimidade entre Deus e a sua criatura. A linguagem da fé inspira-se assim na experiência humana dos pais, que são de certo modo os primeiros representantes de Deus para o homem.
Mas esta experiência humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende também à paternidade e à maternidade humana, embora seja a sua origem e a medida: Ninguém é pai como Deus o é.
Jesus revelou que Deus é Pai num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação a seu Filho único, que reciprocamente só é Filho em relação a seu pai Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
É por isso que os apóstolos confessam Jesus como o Verbo que no início estava junto de Deus e que é Deus, como a imagem do Deus invisível, como o resplendor de sua glória e a expressão do seu ser.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar neste blog