PENTECOSTES
À
Teologia pertence o crer e à teologia pertence o pensar. A ausência de um ou do
outro provocaria a dissolução da atividade teológica. Isto significa que a
teologia pressupõe um novo inicio no pensar que não e produto de nossa reflexão,
mas que nasce do encontro com a Palavra que nos precede.
Crer
é um ato pessoal, quer dizer, algo que ocorre entre dois seres pessoal. Deus se
auto comunica, se deixa encontrar e o crente responde à sua chamada. Antes de
crer em algo, o fiel cristão crê em alguém.
O
prólogo de Lucas, o qual nos revela o sentido dos evangelhos. Os evangelhos são
uma boa noticia para nós, homens e mulheres do século XXI. São os relatos da
experiência de fé das primeiras comunidades cristãs a partir da Ressurreição de
Jesus.
O
Evangelho responde às tradições existentes, transmitidas por aqueles que, desde
o princípio, foram testemunhas oculares. Para demonstrar a credibilidade e a
solidez do que vai apresentar. Os evangelhos são a boa noticia. É o projeto de
Deus para toda a humanidade
Há,
portanto, um verdadeiro pentecostes no início do evangelho de Lucas.
Rapidamente, lembremos que o início do livro dos Atos, escrito também por Lucas
descreve outro pentecostes, o da primeira comunidade cristã.
As
palavras do profeta Isaías que Jesus lê descrevem seu projeto de vida: O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para
anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos
presos e aos cegos, a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para
proclamar um ano de graça do Senhor.
Dessa
maneira, Jesus nos revela o Amor preferencial de Deus pelos mais pobres e
marginalizados, a quem não esquece ao contrario vem em seu Filho a
oferecer-lhes uma nova vida livre, digna, plena.
Não
tenha medo em entregar sua vida a Deus, esta é verdadeiramente uma proposta
alternativa ao mundo. O que se entrega a Deus não é perdido; perder, é ver um
filho frustrado, é ver-se frustrado sem possibilidade de retorno. Deus sabe
retribuir muito bem cada gesto de amor e confiança Nele.
A
Igreja, ungida e movida pelo mesmo Espírito de Jesus, continua sua missão
libertadora, continua tendo sentido ao longo dos séculos na medida em que
assume como próprio o programa de vida de Jesus de Nazaré.
Dom
Eduardo Rocha Quintella
Bispo
Diocese Belo Horizonte
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