quinta-feira, 2 de maio de 2013


 PENTECOSTES



À Teologia pertence o crer e à teologia pertence o pensar. A ausência de um ou do outro provocaria a dissolução da atividade teológica. Isto significa que a teologia pressupõe um novo inicio no pensar que não e produto de nossa reflexão, mas que nasce do encontro com a Palavra que nos precede.
Crer é um ato pessoal, quer dizer, algo que ocorre entre dois seres pessoal. Deus se auto comunica, se deixa encontrar e o crente responde à sua chamada. Antes de crer em algo, o fiel cristão crê em alguém.
O prólogo de Lucas, o qual nos revela o sentido dos evangelhos. Os evangelhos são uma boa noticia para nós, homens e mulheres do século XXI. São os relatos da experiência de fé das primeiras comunidades cristãs a partir da Ressurreição de Jesus.
O Evangelho responde às tradições existentes, transmitidas por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares. Para demonstrar a credibilidade e a solidez do que vai apresentar. Os evangelhos são a boa noticia. É o projeto de Deus para toda a humanidade
Há, portanto, um verdadeiro pentecostes no início do evangelho de Lucas. Rapidamente, lembremos que o início do livro dos Atos, escrito também por Lucas descreve outro pentecostes, o da primeira comunidade cristã.
As palavras do profeta Isaías que Jesus lê descrevem seu projeto de vida: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos, a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor.
Dessa maneira, Jesus nos revela o Amor preferencial de Deus pelos mais pobres e marginalizados, a quem não esquece ao contrario vem em seu Filho a oferecer-lhes uma nova vida livre, digna, plena.
Não tenha medo em entregar sua vida a Deus, esta é verdadeiramente uma proposta alternativa ao mundo. O que se entrega a Deus não é perdido; perder, é ver um filho frustrado, é ver-se frustrado sem possibilidade de retorno. Deus sabe retribuir muito bem cada gesto de amor e confiança Nele.
A Igreja, ungida e movida pelo mesmo Espírito de Jesus, continua sua missão libertadora, continua tendo sentido ao longo dos séculos na medida em que assume como próprio o programa de vida de Jesus de Nazaré.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte


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