domingo, 19 de maio de 2013



Dons do Espirito de Pentecostes



A solenidade de Pentecostes destaca a essencialidade da presença do Espírito Santo na vida do evangelizador. O Evangelizador não pode ser um simples falador do Evangelho, precisa ser discípulo, alguém que fala e age no Espírito Santo de Deus. Em sentido geral, evangelizador é todo batizado que vive o Evangelho e dele dá testemunho com a vida e, mais estritamente, aquele que se empenha em alguma atividade apostólica ou pastoral.

Assim, na vida de cada cristão e cristã, e na vida da Igreja em geral, existe, como na vida de Cristo, uma Páscoa da ressurreição, da vida nova, e uma Páscoa da aliança, um Pentecostes. Não basta que a vida renasça; é preciso que ela se desenvolva e produza frutos. Os cristãos não podem permanecer sementes. É preciso que a semente germine, nasça, cresça e produza muito fruto. Eis o sentido do dom do Espírito de Pentecostes.

Se a Páscoa leva toda a Igreja a reviver e renovar o dom da vida recebido no Batismo, Pentecostes a leva a renovar o dom do Espírito recebido no sacramento da Crisma. Mas, a cada ano, ela é convidada a renovar as promessas do Batismo na Páscoa e a aliança no Espírito na solenidade de Pentecostes. O que se diz da Páscoa pode-se afirmar do Batismo e o que se diz de Pentecostes pode-se afirmar da Crisma.

Em cada solenidade de Pentecostes, a Igreja reaviva o Espírito que nos foi dado como Dom de Deus. Assim, reanimados e fortalecidos, seremos fecundos na gestação do Reino de Deus, levando à plenitude a vida nova recebida pela fé e pelo Batismo. O Espírito Santo quer ser invocado. Por isso, a Liturgia de Pentecostes exclama: Enviai Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Dom Eduardo Rocha Quintella

Bispo Diocese Belo Horizonte


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