Dons
do Espirito de Pentecostes
A
solenidade de Pentecostes destaca a essencialidade da presença do Espírito
Santo na vida do evangelizador. O Evangelizador não pode ser um simples falador
do Evangelho, precisa ser discípulo, alguém que fala e age no Espírito Santo de
Deus. Em sentido geral, evangelizador é todo batizado que vive o Evangelho e
dele dá testemunho com a vida e, mais estritamente, aquele que se empenha em
alguma atividade apostólica ou pastoral.
Assim,
na vida de cada cristão e cristã, e na vida da Igreja em geral, existe, como na
vida de Cristo, uma Páscoa da ressurreição, da vida nova, e uma Páscoa da
aliança, um Pentecostes. Não basta que a vida renasça; é preciso que ela se
desenvolva e produza frutos. Os cristãos não podem permanecer sementes. É
preciso que a semente germine, nasça, cresça e produza muito fruto. Eis o
sentido do dom do Espírito de Pentecostes.
Se a
Páscoa leva toda a Igreja a reviver e renovar o dom da vida recebido no
Batismo, Pentecostes a leva a renovar o dom do Espírito recebido no sacramento
da Crisma. Mas, a cada ano, ela é convidada a renovar as promessas do Batismo
na Páscoa e a aliança no Espírito na solenidade de Pentecostes. O que se diz da
Páscoa pode-se afirmar do Batismo e o que se diz de Pentecostes pode-se afirmar
da Crisma.
Em
cada solenidade de Pentecostes, a Igreja reaviva o Espírito que nos foi dado
como Dom de Deus. Assim, reanimados e fortalecidos, seremos fecundos na
gestação do Reino de Deus, levando à plenitude a vida nova recebida pela fé e
pelo Batismo. O Espírito Santo quer ser invocado. Por isso, a Liturgia de
Pentecostes exclama: Enviai Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado e
renovareis a face da terra.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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