sábado, 9 de abril de 2011

V Domingo da Quaresma (Jo 11,1-45) Ano A Eu sou a ressurreição e a vida


 Neste V Domingo da Quaresma a Liturgia nos apresenta o Senhor Jesus como nossa Ressurreição e Vida. A narrativa da ressurreição de Lázaro corresponde ao último dos sete sinais de libertação realizados por Jesus no evangelho de João. Os sete sinais têm por objetivo levar os cristãos a refletir sobre o sentido profundo da existência humana.

 A celebração Dominical é a atualização do Mistério Pascal que deve ser eficaz. O Mistério só se torna presente, na medida em que opera algo em nós. A celebração dominical é muito mais do que uma simples comemoração da Páscoa, é a nossa participação efetiva no Mistério da Paixão, morte e Ressurreição do Senhor que opera a nossa renovação pascal.


 Podemos dizer que o batismo nos dá essa vida nova porque ele nos dá como princípio vital a fé e a adesão a Cristo. O batizado vive realmente uma vida nova, animada pelo Espírito de Cristo. Mas sem a fé, traduzida em obras, o batismo fica morto. A vida da fé batismal se verifica quando transforma a pessoa e a sociedade em comunidade de vida, de fraternidade e comunhão.

 A vida cristã é uma caminhada escatológica, rumo à Páscoa e ressurreição. Neste tempo de Quaresma, somos convidados a deixar definitivamente para trás o passado e a aderir à vida nova que Deus nos propõe.

Nesta peregrinação quaresmal, há duas coisas a considerar: Deus desafia-nos à superação de todas as realidades que nos escravizam e sublinha esse desafio com o seu amor e a sua misericórdia; e convida-nos a despir as roupagens da hipocrisia e da intolerância, para vestir as do amor.

 Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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