quinta-feira, 14 de abril de 2011

Domingos de Ramos Ano A – (Mt 27, 11-54) – 17/04/2011.



 Nesta Solene Liturgia, do Domingo de Ramos, toda a Teologia e espiritualidade centra-se no grande acontecimento de nossa fé: o mistério Pascal do Senhor Jesus. Iniciando a Semana Santa, somos convidados a refletir mais profundamente sobre os últimos acontecimentos da vida de Jesus. A nossa fé não é uma ideologia de simples adesão a uma crença; ela deve nos impulsionar a ir ao encontro de Jesus.

 Depois da Quaresma, celebrada na ótica da mistagogia batismal, como é próprio do Ano A, o Domingo de Ramos se abre com gesto profético de Jesus Cristo, que recusa a violência e, pacificamente, entra na cidade com o seu projeto de vida: o Evangelho do Reino de Deus.

 O Domingo de Ramos é demonstração viva que podemos entrar na cidade com cantos e aclamações para dizer que não nos conformamos com nenhum tipo de agressividade que tira a paz, que destrói pessoas e devasta o meio-ambiente. Este é o nosso modo cristão de enfrentar conflitos. Não apelamos para a violência que sempre vai gerar mais violência, mas insistimos na força da paz.

 Jesus não celebra sua Páscoa no Templo, haja vista, que era predominantemente celebrada no Templo de Jerusalém, nem celebra no mesmo dia dos outros judeus. Talvez tenha antecipado de propósito, sabendo que no dia da Páscoa Judaica, estaria celebrando a Páscoa de todas as Páscoa, sobre a cruz. A Páscoa judaica lembra a libertação do Egito. A Páscoa Jesuâmica, quer dizer, de Jesus, lembra a libertação da escravidão do mundo, do pecado.


 Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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