sábado, 29 de junho de 2013

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocese BH. - Exorta a Igreja Paulina

29/06/2013
Igreja Comunidade
Paulo sabia quem era a pessoa que se encontrou com ele na estrada de Damasco. Paulo estava totalmente convencido de que era Jesus de Nazaré, que ele sabia que havia sido crucificado pelos romanos. Assim, Ele compreendeu imediatamente que Jesus era o Senhor e Messias.
A consequência mais importante para Paulo foi que essa aceitação de Jesus como o Messias significou que a Lei Judaica não tinha mais nenhum direito sobre ele. Ela não era mais o único caminho de salvação. Poder-se-ia ser salvo acreditando em Jesus Cristo. Por isso, a reação imediata de Paulo foi sair correndo para espalhar o Evangelho  aos gentios.
A igreja de Paulo é, acima de tudo, comunidade. Somente quando essa comunidade é uma realidade é que o ensinamento de Jesus tem sentido e se torna vivo. Somente quando a igreja local é Cristo na terra (o Corpo de Cristo) é possível ter uma eucaristia válida.
Somente quando a igreja local está ardendo com o fervor do bom exemplo nós estamos livres do falso sistema de valores da sociedade.
Somente quando vivemos em uma comunidade em que o amor é sempre ativo é que nossas orações são respondidas.
Paulo exorta a igreja de hoje a um novo sentido de realidade, que repudia o nominalismo e o verbalismo que caracteriza a Igreja hoje.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte



Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocese BH. - Destaca a fidelidade missão

29/06/2013
Fidelidade a Missão
No próximo domingo, dia 29 de junho, a Igreja celebra a Solenidade de Pedro e Paulo. Duas colunas da Igreja. O que podemos destacar destes dois grandes apóstolos, entre tantas características, obras e testemunhos de cada um deles? Pedro e Paulo são diferentes por natureza, mas idênticos no amor a Cristo e à Igreja.
São Paulo foi, sem dúvida, o grande propagador do Evangelho dentre as nações, para a vivência do Reino de Deus. Contudo, este fecundo apostolado só foi possível devido à sua fidelidade à sua missão.
Do encontro com Jesus, Paulo se transforma no apóstolo que irá testemunhar Cristo até os extremos da terra, tornando realidade a universalidade da Igreja, da qual Pedro é o guardião. Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes, mas complementares.
As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja, que diante de tantas hostilidades que a sociedade da época criou com relação ao cristianismo, encheram-se de coragem e, de modo determinado, tudo enfrentaram por causa do Evangelho.
Esses dois carismas continuam se complementando até hoje na Igreja: a responsabilidade institucional e a criatividade missionária, para que todos os fiéis conservem esta fidelidade a Cristo e lutem pelos valores do Evangelho.
A Liturgia desta solenidade nos chama a sermos presença ativa, assumindo a nossa responsabilidade na Igreja, para que sejamos sempre mais comunhão no interior dela e sejamos sempre mais missão no mundo de hoje.
Hoje é um dia que nos faz sentir-nos chamados, na caridade e no empenho para com tantos famintos de pão e de Deus, aos quais devemos chegar como um sinal concreto de um Deus que é amor para todos os seus filhos.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sábado, 22 de junho de 2013

Vida Dom Fundamental e Sagrado

22/06/2013
Toda vida é participação na vida divina.
Ao apresentar o núcleo central da sua missão, Jesus diz: Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Ele fala da vida nova que consiste na comunhão com Deus, conquistada pelo Batismo. É na vida sobrenatural que todos os aspectos e momentos da nossa vida natural adquirem pleno significado e grandiosa importância.
O ser humano, ao tomar consciência de sua presença no mundo, se percebe como alguém responsável por um dom recebido, isto é, responsável por sua vida e pela vida de outros seres, sobretudo, do ser humano. A vida é pois o primeiro dom de Deus. Toda vida é participação na vida divina.
Como a vida é dom fundamental e sagrado, cada pessoa deve ser um servidor da vida, da vida sua e da vida de qualquer ser humano. A vida é o maior dom de Deus. Cada instante deve ser vivido nEle e por Ele.
Tudo deve nos encaminhar para Deus, caso contrário, nos escraviza. Da mesma forma que o ano tem quatro estações distintas, cada qual com suas características e belezas, nossa vida também apresenta suas estações.
Cada estação, ou etapa de vida, é muito importante e deve ser vivida intensamente. Passar por essas estações atento à sua importância e aprendizado é saber valorizar a graça de cada momento.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

O Sentido Sacramental da Cruz

22/06/2013
Cristo Sacramento Fontal do Pai.
Neste XXII Domingo Comum, Jesus nos apresenta uma proposta desafiadora. Proposta que coloca à prova toda a nossa caminhada de cristãos. Para tanto, é preciso muita capacidade de entendimento e, sobretudo, coragem para aceitar esse desafio de Jesus.
Não é fácil renunciar a bens e privilégios, mas é fundamental abandonar velhas maneiras de pensar e agir. Quem busca ser fiel à Palavra de Deus assume seu projeto de vida plena. Experimenta pessoalmente a verdade de que os sistemas do mundo não combinam com o evangelho de Jesus Cristo.
Assim, aprendemos que a Palavra de Deus nos seduz e nos compromete com seu projeto; vemos que o verdadeiro culto que agrada a Deus é fazer sua vontade; o seguimento de Jesus exige renúncia e comprometimento.
 A Liturgia da Palavra deste Domingo mostra-nos um único modo de acolher a vida de Deus em nós: viver de acordo com o projeto divino.
Isso é visível no Evangelho desse Domingo. De fato, a partir de Cesaréia, Jesus muda seu relacionamento com os discípulos e passa a revelar o que lhe irá acontecer.
No sentido amplo da Palavra, toda pessoa de fé é seguidora de Jesus Cristo, aderindo a sua pessoa, comprometida com sua causa, convidada a compartilhar do seu destino: morte e ressurreição, sofrimento da cruz e alegria pela vitória.
A Igreja é sacramento de Cristo porque é seguidora Dele, e Cristo é sacramento fontal do Pai. É o novo povo de Deus que o Espírito Santo conduz nas pegadas do Senhor crucificado e ressuscitado. No tempo da continuidade da missão de Jesus, até sua plena realização, o seguimento é obra do Espírito Santo. 
O cristão repete a experiência religiosa, encontrando seu Senhor presente no templo e no culto: na manifestação de sua glória, no banquete eucarístico, nos cantos litúrgicos da assembléia, na graça e união íntima. E esta maravilhosa experiência o enche de esperança, como uma sede total daquela união plena e definitiva na Jerusalém celeste.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mística Missionária



A mística se revela na intimidade do encontro com o Senhor. O ser humano tem sede deste encontro, procurando responder às diversas situações vividas; nas alegrias agradece, nas dúvidas procura respostas e nos sofrimentos, alívio. Esta maneira de buscar a Deus pode ser caracterizada como satisfação pessoal e muitas vezes egoísta.

Todavia, pode-se afirmar que mística é esta sede de Deus, não só a nível pessoal, mas também em relação ao outro. É ela que faz a articulação entre o sentir Deus e o agir em Deus, o testemunhar a experiência de um Deus que passa pelo humano e fazer desta uma experiência divina.

A vivência humana torna-se divina na medida em que se torna missionária e passa a ser universal: todos se fazem um. A ação missionária leva o ser humano a uma práxis, gerando testemunho em suas dimensões vitais: social, política, econômica e religiosa.

Assim, o cristão torna-se militante no serviço à vida. Pode-se dizer que entre mística e missão existem alguns elementos que se complementam.  A partir da vivência cristã, nasce um real testemunho humano que faz o caminho divino, sendo inundado pela mística que fundamentalmente é vivenciar o encontro com Deus manifestado na prática histórica de Jesus.

Exercendo uma práxis política, social, econômica ou religiosa - o que importa é a fidelidade em gerar vida, tornamo-nos verdadeiros missionários e missionárias. Criamos uma nova mentalidade na vivência dos valores humanos e, assim, superamos a globalização para sermos universais.

Contemplamos o outro na diversidade e nas diferenças que por vezes nos separam e que podem unir-nos com esta nova práxis, fazendo-nos próximos e gratuitos.  Desta forma, o outro nos sugere a vivência de um amor sem fronteiras.

E isto só é possível na medida em que a mística é vivida na dimensão missionária no nosso cotidiano. É ela que torna a verdadeira à ação em nossa humanidade. Podemos então dizer que a mística missionária é o encontro do Humano com o Divino, do Divino com o Humano, e é neste encontro que a missão acontece, é nele que se fazem os discípulos e discípulas, onde se desenvolve a espiritualidade missionária e os grandes testemunhos acontecem.

Dom Eduardo Rocha Quintella

Bispo Diocese Belo Horizonte

segunda-feira, 10 de junho de 2013


Vocação Eclesial



A Igreja é a assembléia dos vocacionados. Ela não é a fonte, mas a mediadora de vocação e o lugar de sua manifestação. Ela não dá vocação ou carismas, mas organiza e discerne os ministérios. A vocação e os ministérios são elementos fundamentais e constitutivos da Igreja. Sem vocações e ministérios não há uma comunidade eclesial. A vocação por excelência é à santidade. A ela somos chamados a partir do batismo; um chamado à fé, ao seguimento e à graça. Todas as outras vocações nascem da vocação batismal. O batismo é a base que sustenta todos os ministérios. O padre é para o leigo, e o leigo é para o mundo.

A missão da Igreja é transformar o mundo sendo sinal e instrumento de realização do Reino de Deus. A Pastoral não é uma pastoral pragmática. É uma ação evangelizadora, uma atividade eclesial da comunidade de fé que traz consigo uma visão de Deus, de pessoa humana, de Igreja, de missão e de mundo. Todos na Igreja são chamados para um determinado serviço. Somos um povo de servidores. Nossa prioridade é a promoção da vida, dos direitos humanos, resgatando os que sofrem a exclusão social. Nesta linha de reflexão, a vocação dos ministros ordenados está a serviço das outras vocações. Ela é estrutural e estruturante na Igreja. É o serviço que organiza os demais serviços. Todos porém somos servos uns dos outros, vocações irmãs entre si. Trata-se de um ministério em função dos outros serviços da comunidade eclesial numa visão recíproca e fraterna das vocações.

Portanto, busca-se construir uma Igreja de corresponsabilidade e comunhão. Chego à conclusão de que a Pastoral no Brasil deve ter características específicas como a criatividade e o pioneirismo de presença junto ao povo e compromisso com a causa popular e a inserção nas comunidades. Isso porque a vivência próxima ao povo ajuda os vocacionados e vocacionadas no discernimento de formas mais solidárias e de evangélica opção preferencial pelos pobres. Esta relação de proximidade dá sentido e vigor a uma Igreja de comunhão e participação.

A Pastoral da igreja, no Brasil, deve ser contextualizada, tendo os seguintes traços: a) Uma Igreja toda ministerial, de comunhão e participação, caminho da Pastoral Vocacional marcada por uma espiritualidade trinitária; b) Uma Pastoral Vocacional inculturada, dialogal, profética e ecumênica, aberta aos sinais dos tempos, que reforce o querer e a liberdade dos vocacionados e vocacionadas (Mt 19,21); c) Uma Pastoral Vocacional que valorize a pessoa na sua dimensão antropológica, integrando os diversos aspectos do vocacionado e vocacionada, ajudando-o e ajudando-a a fazer uma autêntica experiência cristã de Deus; d) Uma Pastoral Vocacional atenta à cultura urbana, englobando as questões sociais e da pós-modernidade.

Fica bem claro que a Pastoral da Igreja do Novo Milênio precisa de um aprofundamento bíblico e teológico sério, enfatizando as dimensões trinitária, cristológica, eclesiológica e mariológica.  Ainda que a Pastoral da Igreja necessita de uma atenta leitura orante da bíblia na ótica vocacional, evitando ler vocacionalmente apenas alguns textos. Ainda que a Pastoral da Igreja do século XXI deverá abrir mais espaços para as pessoas excluídas, para os deficientes, e para a diversidade cultural: indígenas, nômades, migrantes, afro-brasileiros, etc.
Uma urgência a integração, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, da Pastoral Vocacional com as pastorais afins: familiar, juventude e catequese.. Os aspectos antropológicos, tais como as questões de gênero, a afetividade, a sexualidade, o homossexualismo e o celibato, precisam ser levados mais a sério. O serviço de animação vocacional, neste milênio, vai depender muito do aprofundamento que se fará dos aspectos bíblicos e teológicos do carisma e da missão dos leigos e leigas, do ministério ordenado e da Vida Consagrada. Será necessário rever as estruturas formativas dos seminários e das casas de formação e esclarecer melhor o papel da hierarquia e do povo de Deus no discernimento vocacional.

Destaco a importância da mística e da espiritualidade trinitária como fontes da animação vocacional. Lembram que esta mística e esta espiritualidade redefinem a Pastoral Vocacional, colocando-a também numa dimensão profética e sócio-transformadora. Dando vigor à vivência da fé e à luta pela justiça. Neste sentido, o aspecto político da nossa vocação e missão. O clamor do povo, a realidade sócio-econômica. Tornam-se importantes para o discernimento vocacional. Pela sensibilidade social e pela compaixão para com o povo excluído, o vocacionado ou vocacionada poderá sentir, de forma impetuosa, o chamado que vem de Deus. O grito do povo, visto com os olhos da fé, torna-se uma das principais mediações humanas para o chamamento divino.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sábado, 8 de junho de 2013

Em Novo Artigo Dom Eduardo R. Quintella Bispo Diocese Belo Horizonte Aborda a Religiosidade Moderna

08/06/2013
Religião e Modernidade
O conceito de pós-modernidade ainda é um tema controvertido. Fala-se em hipermodernidade, alta modernidade ou modernidade tardia, modernidade radicalizada, modernidade líquida. A compreensão comum, entretanto, é que a chamada pós-modernidade inclui a modernidade e não pode ser compreendida sem ela.
A lógica deste ideário moderno exige dois outros aspectos da individualidade: a autonomia e a racionalidade. O significado etimológico de autonomia é ter a lei em si mesmo, a capacidade do indivíduo agir movido e orientado por sua própria consciência, assumindo, portanto, a responsabilidade pelos seus atos.
Autonomia implica todo poder normativo subordinado à consciência individual e, consequentemente, a rejeição de todo poder arbitrário e dogmático. Por esta razão, o processo moderno rejeita a religião e a divindade representada por ela.
Nesse contexto, a racionalidade surge como necessária, ou mesmo é uma decorrência da autonomia. O homem moderno deseja fazer sempre e em todo lugar uso da própria razão. Uma sociedade que supervaloriza a subjetividade, a liberdade, a autonomia e a razão do indivíduo, evidentemente, privilegia a vivência de espiritualidade sem a tutela institucional.
O saldo da modernidade é o rompimento com as instituições sociais religiosas e o abandono da pessoa humana à sua própria consciência e à mercê de sua liberdade. Juntamente com a espiritualidade pós-moderna, marcada pela subjetividade individual, livre da tutela das instituições sociais religiosas, surge o mercado religioso, com uma fé privatizada.
Isso, em parte, explica o que vivemos hoje, não apenas no mundo religioso em geral, como também no emaranhado de seitas cristãs, pois onde não há Deus, cada um faz o que é certo aos seus próprios olhos.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

Dom Eduardo R. Quintella Exorta como entender a Fé Cristã

08/06/2013
Fé Cristã
A fé pode ser ferida tanto por um atrelamento exclusivo ao rito quanto por um escurecimento da Tradição. Uma relação correta com a Tradição exige que não se confunda fé e religião.
A religião é essencialmente conformista, mais preocupada com devoção e moral, mais orientada ao sagrado do que ao humano e, no fim das contas, mais preocupada com os fins eternos do homem e de modo insuficiente com os seus fins temporais e terrestres.
A fé cristã é de outra natureza totalmente diferente: é sobretudo convite à liberdade, a libertar-se da opinião pública, dos usos e costumes da sociedade e do tempo em que vivemos, muitas vezes das tradições familiares, e isso na fidelidade a uma tradição que marca a continuidade da referência da fé à sua origem histórica, ao evento e ao ensinamento de Cristo e dos Apóstolos.
Essa fé, contrariamente à religião, se situa claramente do lado do humano, não deixando jamais de inventar novas formas de servir ao homem e a cada homem, buscando continuamente como alcançar uma universalidade sempre maior:
A extensão da idéia de catolicidade à globalidade da vida do mundo é talvez o aspecto mais característico do catolicismo pós-conciliar. Crê seja como for e expressar o seu amor pela Igreja em uma época em que muitos são tentados a sair às escondidas, é pela sua fé no Espírito Santo que leva os fiéis pelo caminho da Verdade, como Jesus prometeu aos seus discípulos.
Aos olhos de quem sabe ver, a fé não está morta. A Igreja é hoje atravessada por uma vitalidade, às vezes discreta, mas bem real. Testemunhas disso são, por exemplo, aqueles cristãos que se reúnem para rezar, celebrar, compartilhar, às vezes fora do quadro habitual.
O desejo de reconstituir laços de fé e de caridade que estruturam o corpo de Cristo é um sinal de esperança, a promessa de uma renovação da Igreja, em formas ainda inacessíveis.
Não tenho dúvidas: essa Igreja saberá estar presente ao encontro da humanidade, interpretar os sinais dos tempos, retomar a comunicação com o mundo e alimentá-lo com a cultura do espírito evangélico. A Igreja tem um futuro, mas este deve ser buscado só na liberdade que o Evangelho lhe abre.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

domingo, 2 de junho de 2013

O Poder da Fé Extraordinária no Ordinário da Vida Cristã

02/06/2013
Fé Inabalável
No domingo passado celebramos a Festa da Santíssima Trindade. Reiniciamos hoje o Tempo Litúrgico chamado Tempo Comum. No texto Lucano de hoje, Jesus entra em Cafarnaum.
O Centurião Romano. Envia aos anciãos da sinagoga para pedir para Jesus a cura do empregado. Apesar de o oficial romano ser considerado um pagão, sua atitude envergonha os representantes da sinagoga. Sua fé é emocionante.
Jesus põe-se a caminho com eles na busca da pessoa doente. Mas quando o centurião vê que Jesus está se aproximando de sua casa, ele corre ao seu encontro chamando-o de Senhor, com uma grande humildade.
A humildade daquele centurião romano que, consciente de seu poder e autoridade, não duvidou em reconhecer sua limitação para acolher Jesus com fé e receber dele aquilo que não podia ter com suas próprias forças. Até agora as pessoas procuravam tocá-lo, estar perto dele. O centurião acreditava que nenhuma distância poderia impedir Cristo de fazer sua obra de salvação.
Quantas vezes nós, cristãos, achamos que temos o poder da fé. Jesus nos convida neste domingo a abrir as portas de nossas comunidades, de nossa vida, para e deixar que sua sensibilidade entre em nós. Principalmente diante de tantas pessoas simples que acreditam em Jesus e consideram-se indignos que entre na sua casa.
Conhecemos nossas Misérias e fragmentos. Somos conscientes de nossas limitações de forma tal que nos levam a admirar a grandeza e o poder de Jesus. Não podemos ser cristãos de portas fechadas.
Caminhemos ao encontro dos excluídos da sociedade, excluídos porque não fazem parte de nossos interesses. É preciso reconhecer o outro e, assim, respeitar e defender sua dignidade de pessoas para então descobrir nele o mistério de uma fé que quebra nossas fronteiras.
Deixemos Jesus entrar em nossa vida, em nossas casas, em nossos relacionamentos para fortalecer nossa fé e viver na incerteza de quem confia na Palavra e no poder de Deus. Deixemos que nossa fé ilumine nossas relações e nossas mentes para que possamos enxergar a presença do Senhor em nosso meio.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

A Fé que Transcende a Missão Cristã

02/06/2013
Fé Missionária
O Apóstolo Paulo Teve uma revelação, que marcou profundamente sua vida, seu pensamento e ação. Mas este acontecimento foi também de importância decisiva para o desenvolvimento da Igreja. O Apóstolo dos gentios, na verdade, será o Apóstolo que mais virá a contribuir para a expansão missionária da Igreja entre os gentios.
Aqueles que vivem em família ou em comunidade encontram nela o ambiente e a maneira de viverem a sua fé. Não se pode viver, nem em família nem em comunidade, sem amar e sentir-se amado. Se cada um de nós se der totalmente na vida familiar ou na vida comunitária, seremos também humanamente felizes.
Como batizado não recebemos a fé como um dom egoísta e para si mesmo: a fé é missionária, até com o empenho quotidiano de dar bom exemplo da fidelidade aos compromissos que assumimos.
Jesus encarnou para revelar o amor do Pai e isso Ele fez com palavras, com gestos de misericórdia, com milagres e com a sua morte. Por isso, antes de sua ascensão, ele convidou os discípulos a ir ao mundo inteiro para anunciar o Evangelho a todos os povos.
O que podemos tirar como ensinamento, deste episódio da conversão Paulina: Que nunca devemos desesperar, seja pela nossa salvação, seja pela dos outros. Muitas vezes desanimamos diante dos problemas e esquecemos que Ele está no meio de nós.
O relacionamento com os irmãos deve ser permeado de esperança e confiança; nunca dizer não tem jeito. Como aconteceu na vida de Paulo, também na nossa e na dos outros é sempre possível mudar, melhorar e começar de novo.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte


Não basta pedir a Deus que realize curas, é preciso pedir milagres.
           


Venha Senhor sobre nós a vossa graça da mesma forma que em vós nós esperamos (Sl 32,22).

No Evangelho Jesus vem nos falar dos sinais que acompanharão aquele que crê, todos dizemos que cremos em Deus, mas onde estão os milagres? Algum de nós já ressuscitou um morto, curou doente, mandou aleijados levantarem? Eu já vi muitos milagres, Deus já me usou para muitos, mas o poder que está sobre mim não é meu. Eu tenho certeza que esse poder é de Deus e que todos os padres também receberam. Todos que são batizados também têm essa graça de poder fazer isso. Agora se você não acredita é por isso que nada acontece. Não devemos pensar que aquilo que Deus faz aqui extraordinário, isso deveria ser normal porque é um sinal, é prova que nós cremos num Deus que tudo faz. Hoje é o dia de implorar o sangue de Cristo sobre todas as situações da nossa vida e nos fortalecer. A graça de Deus só vem sobre nós se nós Nele esperamos. Eu declaro que esta noite será uma noite de muitos milagres. Não basta pedir a Deus que realize curas, isso para Deus é pouco, é preciso pedir milagres.
          Gente, para nós é preciso acreditar, não somente pela nossa salvação, mas também por aqueles que nós amamos. Deus pode fazer muito, basta acreditarmos e nos colocar a caminho. Hoje é o dia de clamar ao Sangue de Jesus que nos cure, que nos faça ter fé, que nos faça novo, é o dia de se entregar a Deus e confiar no seu amor.


Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte






Programa São José Esposo de Maria - Ministrado por Dom Eduardo Rocha Quintella - Bispo Diocesano de Belo Horizonte - MG - Brasil - Dia 02/06/2013 - Visite Também nosso portal na internetwww.domquintella.com.br 

Veja o Vídeo abaixo:


Liturgia Diária - Dia 02/05/2013

sábado, 1 de junho de 2013


Santa Missa do 9º Domingo do Tempo Comum - Dia 02/06/2013 - Direto do Santuário de São José Esposo de Maria - Presidida pelo Bispo Diocesano - Dom Eduardo Rocha Quintella - Belo Horizonte - MG. Participe da Santa missa todos os dias online as 18:00hs enviando sua intenção pelo portal na internet: www.domquintella.com.br 


Veja o Vídeo da Santa Missa Abaixo:




Veja fotos da Santa Missa abaixo:











Veja mais fotos da Santa Missa no link abaixo:




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