quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Temas Principais da Primeira Coríntios.



O Amor é a fonte de qualquer 
comportamento verdadeiramente humano

O tema central da primeira carta aos coríntios é a pessoa de Jesus Cristo e a Igreja, composta de Judeus e não Judeus. A unidade é um dos temas fundamentais da carta: o único Senhor das igrejas é Jesus Cristo.

A evangelização da comunidade de Corinto foi completa: ela recebeu a riqueza do Evangelho e da sabedoria da vida cristã. Este é outro tema importante da carta. Resta à comunidade perseverar no testemunho de Jesus Cristo até o fim.

Conhecendo e vivendo o projeto de Deus, a comunidade cristã é radicalmente livre e não deve dobrar-se diante de pessoas ou coisas, pois ela pertence unicamente a Cristo e a Deus.

Paulo vê a comunidade cristã como semente de uma sociedade igualitária, onde todos os homens são chamados a ser livres e a encontrarem a própria dignidade.

A vida cristã é sempre comunitária, e cada um é responsável pelos outros; por isso, deve ser capaz de renunciar aos direitos da própria liberdade para testemunhar o primado do amor.

Paulo relembra a instituição da Eucaristia. Ela é a memória permanente da morte de Jesus como dom de vida para todos (corpo e sangue).

A Eucaristia é a celebração da Nova Aliança, isto é, da nova humanidade que nasce da participação no ato de Jesus, não só no culto, mas na vida prática.

Por isso, a comunidade que celebra a Eucaristia anuncia o futuro de uma reunião de toda a humanidade.

O caminho que ultrapassa a todos os dons e ao qual todos os membros da comunidade devem aspirar é o amor.

Deus é amor (1Jo 4,8), Jesus é o enviado do amor (Jo 3,16), e o centro do Evangelho é o mandamento do amor (Mc 12,28-34), que sintetiza toda a vontade de Deus (Rm 13,8-10).

O amor é a fonte de qualquer comportamento verdadeiramente humano, pois leva a pessoa a discernir as situações e a criar gestos oportunos, capazes de responder adequadamente aos problemas.

Os outros dons dependem do amor, não podem substituí-lo, e sem ele nada significam. O amor é a força de Deus e também a força da pessoa aliada a Deus.

É a fortaleza inexpugnável que sustenta o testemunho cristão, pois tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor é eterno e transcende tempo e espaço, porque é a vida do próprio Deus, da qual o cristão já participa. É maior do que a fé e a esperança, que nele estão contidas.

+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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