O Natal é a exigência de uma revolução mais radical
O mundo precisa de uma imensa revolução. Até hoje, tem-se organizado na base da conquista: quem tem mais poder, sente-se autorizado a mandar nos outros, a apropriar-se das suas matérias primas, a impor condições ao comércio.
Cristo dissipa as trevas do pecado; É a verdadeira luz cujo esplendor ilumina os olhos de nossa alma, para que enquanto conhecemos a Deus de uma maneira visível, por ele sejamos arrebatados ao amor das coisas invisíveis.
A partir do natal, o Ciclo Litúrgico da igreja, segue passo a passo Jesus na sua obra de redenção, para que a Igreja enriquecida com as graças que emanam do mistério da encarnação, seja, como diz São Paulo, a Esposa sem mancha, sem rugas, santa e imaculada, que Ele poderá apresentar ao Pai, quando vier, no fim dos tempos.
O natal é a exigência de uma revolução mais radical: que cada homem renuncie ao seu egoísmo trate o outro homem como irmão e partilhe com ele os seus bens.
Julgo que uma das missões dos cristãos, hoje, é mostrar que o bem e o mal arrancam da criatividade do sujeito, mas não dispensam uma estrutura dialogal: é preciso que o meu agir não abafe a liberdade do outro, seja de outro ser humano, seja de Deus. Se é errado imaginar Deus simplesmente como o Senhor das regras, também é curto fazer d’Ele um simples espectador do homem.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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