domingo, 4 de dezembro de 2011

DOMINGO DIA DO SENHOR


Da Eucaristia brotou ao longo dos séculos 
um imenso caudal de caridade, 
de participação nas dificuldades dos outros, 
de amor e de justiça.

O Domingo significou, ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado. É necessário que os cristãos experimentem que não seguem um personagem da história passada, senão o Cristo vivo, presente no hoje e no agora de suas vidas.

Ele é o Vivente que caminha ao nosso lado, descobrindo-nos o sentido dos acontecimentos, da dor e da morte, da alegria e da festa, entrando em nossas casas e permanecendo nelas, alimentando-nos com o Pão que dá a vida.

O encontro com Cristo na Eucaristia suscita o compromisso da evangelização e o impulso à solidariedade; desperta no cristão o forte desejo de anunciar o Evangelho e testemunhá-lo na sociedade para que ela seja mais justa e humana.

Da Eucaristia brotou ao longo dos séculos um imenso caudal de caridade, de participação nas dificuldades dos outros, de amor e de justiça. Só da Eucaristia brotará o amor, que transformará a nossa vida num oceano de amor.

A participação nos mistérios do Senhor nos leva a amar desde agora o que é do céu. O acolhimento da Palavra e a comunhão sacramental nos capacitam para o discernimento entre as efêmeras realidades terrenas que passam, daquelas realidades que são bens eternos, nas quais deve estar depositada a nossa esperança.

O sacramento da Eucaristia nos purifica dos pecados, pois nos dá o penhor da redenção eterna. A refeição sagrada nos prepara e torna dignos não só para celebrar as festividades natalinas, memorial da primeira vinda do Senhor, mas também para participarmos do banquete da vida eterna, na grande festa da salvação, quando nos será dado receber o prêmio e colher com alegria os dons eternos.

Por isso, o preceito dominical que a Igreja tem, pedindo que todos participem da celebração eucarística, é fonte de liberdade autêntica, pois poderemos viver cada um dos outros dias segundo o que celebramos no dia do Senhor.

A vida de fé corre perigo quando se deixa de sentir desejo de participar na celebração eucarística em que se faz memória do mistério pascal.

A participação na assembléia litúrgica dominical, ao lado de todos os irmãos e irmãs com os quais se forma um só corpo em Cristo Jesus, é exigida pela consciência cristã e simultaneamente educa a consciência cristã.

Perder o sentido do Domingo como dia do Senhor que deve ser santificado é sintoma duma perda do sentido autêntico da liberdade cristã, a liberdade dos filhos de Deus.





+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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