segunda-feira, 25 de novembro de 2013

+Dom Eduardo Rocha Quintella


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Novo Templo de Deus

A Santa Igreja convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o caminho cristão é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical com a dinâmica do Reino. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem. 
O Sermão da Montanha, uma das mais lindas e densas páginas da literatura bíblica e da literatura universal de todos os tempos e que nós poderíamos dizer que é o resumo dos Santos Evangelhos. Ajuda-nos a refletir sobre o perdão e o amor ao inimigo. 
Jesus é o caminho e a revelação do Pai. O Evangelho nos leva a vermos que toda a perfeição consiste no amor. E o modelo da perfeição que nos é proposto é o próprio Pai do Céu. Não se trata de qualquer tipo de amor. Mas do amor gratuito, que é o amor ágape com que Deus ama os homens. 
O mandamento do amor ao próximo não era desconhecido antes de Jesus. No Antigo Testamento, já se intuía a necessidade de amar a Deus e ao próximo, como também a relação direta de um com o outro. O ensinamento de Jesus se mantém na linha da sabedoria bíblica, mas com um dado novo: amar até mesmo os inimigos. 
O amor sem distinção possibilita fazer a experiência de filhos/as, reproduzindo na terra a bondade do Pai celeste, que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 
O amor leva a superar o espírito de hostilidade, a vingança, o ódio e o rancor, para construir a fraternidade. Mediante sua vida, morte e ressurreição, Jesus Cristo tornou-se o fundamento sobre o qual é construído o novo templo de Deus. A presença do Espírito de Deus santifica e mantém unida a comunidade eclesial.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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