sábado, 28 de setembro de 2013

Amor Ágape

Dom Eduardo R. Quintella




Tenho pensado muito sobre o amor verdadeiro tentando compreender que força é essa que nos impulsiona, que nos revigora e nos faz sermos muito melhores. Definições teóricas não me foram suficientes porque o amor é muito maior do que as palavras e acabei não conseguindo compreender. Deus, porém, me fez compreendê-lo com a vida.

Ontem escrevi para uma pessoa pedindo a ela perdão porque achei que não a havia tratado com devido amor e sim com um pouco de rigidez. Pedi a ela que me perdoasse por ter sido firme demais quando na verdade deveria ter sido amável. Mais tarde recebi a resposta do meu pedido de perdão e dizia assim: “Não se preocupe com seu jeito de ser, pois eu te amo desse jeito. Te amo pelo que você é e não pelo que você faz”.Quando acabei de ler senti que uma profunda cura acontecia dentro de mim e então entendi: “Isso é amor”, porque só o amor é capaz de curar dessa forma. Foi a resposta que eu tanto procurava e embora já tivesse ouvido isso outras vezes, nesse momento ela caiu de forma diferente.

Por causa dessa simples frase pude entender que o amor verdadeiro não pára diante das contrariedades, ele vai além. Ele não pára nos defeitos ou nas nossas reações momentâneas, ele sabe que a pessoa não é o que faz, sabe que ela é muito mais do que isso, ela é aquilo que Deus a criou, é limpa, é pura, sem mancha e por compreender isso, ele é capaz de acreditar no outro mesmo diante das contrariedades, e quando é amor ele é capaz de curar. A partir disso tenho feito o exercício de não parar nos defeitos e nas limitações que a pessoa traz e nas marcas que ficaram por causa da sua história, procuro me lembrar que ela não é aquilo que faz, ela é muito mais, é aquilo que Deus a criou.
É um exercício árduo, duro e contínuo, porém é um caminho seguro para aprendermos a amar e para sermos nós também curados e restaurados como filhos de Deus feitos a sua imagem e semelhança.

Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

sábado, 14 de setembro de 2013

Dom Eduardo Rocha Quintella - Bispo Diocesano Belo Horizonte - Publica encarte da Teologia da Biblia

14/09/2013
Conhecendo mais a Bíblia
1 – Qual é o centro da Bíblia?
O centro e o fio condutor de toda a bíblia é a aliança entre DEUS e os homens, sendo JESUS Cristo o Centro desta Aliança.  Ele é o ponto máximo
2 – O que o A.T.?
O A.T. é onde encontramos a história de Israel, o povo que DEUS escolheu para com ele fazer uma aliança.  Narra como surgiu, como viveu, como foi governado.  O AT é antes de tudo, a história desse povo com DEUS, pois tudo que se conta no AT está ligado com DEUS.
3 - 0 Como se divide o AT?
O AT se divide em 4 partes, sendo elas:
- Pentateuco ou Tora que significa lei – compreende os cinco primeiros livros da Bíblia, onde é narrado: criação do mundo e do homem, a formação do povo de Israel, sua libertação e condução através do deserto para a terra prometida, e as normas básicas que devem reger uma sociedade justa e fraterna.  Reflete um DEUS livre e que liberta.  JESUS, que veio trazer a libertação e a vida em plenitude.  JESUS não aboliu, mas aprofundou o sentido dessas leis.  Ele resumiu toda a Lei.  “Tudo o que desejam que façam a vocês, façam vocês a eles. Pois esta é a Lei e os Profetas”. Mt7,12.
- Os livros históricos – eles nos mostram momentos da vida do povo de Israel na terra prometida e no exílio: suas grandezas e lutas.  Mostram também, as conseqüências da fidelidade ou infidelidade ao DEUS da Aliança.
- Os livros poéticos e sapienciais – eles tratam dos problemas que surgem na vida de cada um e que exigem um discernimento, para que se possa encontrar sentido e realização na vida.
- Os livros proféticos – são livros que apresentam uma crítica profunda do presente, para abrir caminhos para o futuro.  Os profetas criticam estruturas políticas, econômica, sociais e religiosas injustas e opressoras.  Eles exigiam mudanças radicais.  Após o exílio da Babilônia eles anunciaram consolação e esperança no Senhor, para que o povo de Israel possa reconstruir a sua história o projeto da aliança com DEUS.
4 – De que se trata o livro do Gênesis e quais são as suas partes?
Gênesis narra a criação do mundo da história do povo de DEUS.  Ele se divide em três partes:
- Capítulos de 1-11 – capítulo 1 e 2 narram a criação do mundo do homem por DEUS.  É duas histórias para apresentam a grandiosidade do homem e da mulher.
- Capítulos 3-11 mostram a história dos homens e do processo humano dominado pelo pecado.  O homem quebra o relacionamento consigo mesmo, com o irmão, com a natureza, e com a comunidade, reduzindo a convivência em uma confusão.  Esta confusão foi chamada de Torre de Babel.
- Capítulos 12-36 – contam a história dos patriarcas, a formação da comunidade de Israel, que dentro do mundo, será o portador d Aliança entre DEUS e os homens, tendo como vocação, uma comunidade que DEUS tem como único Senhor.
- Capítulos 37-50 – Esta parte é linda, pois nos narra a história de José, preparando assim o relato do livro do Êxodo.  Nesta história encontramos a mais grandiosa ação de DEUS entre os homens, isto é, a libertação e um povo da escravidão.
5 – Qual é o cento do livro do Êxodo e qual é a sua importância?
A mensagem central é a revelação do nome do Seu Verdadeiro: JAVÉ.
A pergunta fundamental é a “Qual pé o verdadeiro DEUS”? A importância deste livro é para entendermos o que significa JESUS como Filho de DEUS e para sabermos o que o reino de DEUS.
6 – O que é válido no livro Levítico para sempre?
Neste livro podemos descobrir a preocupação minuciosa de mostrar que DEUS é Santo e que está presente em todos os setores da nossa vida, acusando, julgando, salvando e chamando-nos a sermos santos como Ele Lv19, 2. É neste livro que encontramos uma regra de ouro que JESUS vai retomar: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” Lv19, 18.  Este livro é mais para ser consultado.
7     – O Que mais chama atenção no livro dos Números?
- A organização do povo com todos participando.  A organização mostra que dentro do povo de DEUS, as funções devem ser repartidas, visando a realização do projeto de DEUS.
- A preocupação de ter a presença de DEUS no centro, simbolizando pela arca.
- O realismo do livro, pois dentro da organização citada, aparecem certes conflitos, ver capítulo 16, e seus chefes estão sujeitos a fraqueza e desânimo.
- A necessidade de ter  um lugar para um profeta, mostrado na história do adivinho estrangeiro, narrado no capítulo 22 a 24.
8 – Qual a idéia central do Deuteronômio?
A idéia central de todo o livro é que Israel viverá feliz e próspero na terra se for fiel à aliança de DEUS; se for infiel, terá a desgraça e acabará perdendo a terra. O livro nos relembra o decálogos capítulo 5,1-22, mostrando o comportamento fundamental do homem para com DEUS é o amor com todo  o ser Det6,4-9.
Este livro nos apresenta uma catequese, sobretudo das leis cap12, 26, onde se procura ensinar ao homem como viver em sua relação com DEUS, com as autoridades, com o outro homem e até mesmo como os seres da natureza.
Notar, sobretudo que DEUS é chamado de Pai Det1, 31, e os membros do povo são chamados irmãos entre si, a vocação do povo de DEUS é a fraternidade e a partilha.
9 – O que são livros históricos?
São livros que ocupam a maior parte do AT. Neles encontramos a história do povo de DEUS, deste a entrada na terra prometida até quase a época de JESUS Cristo.  Neles encontramos uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé.  Estes livros são:
- Josué, Juízes, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis – mostram que a história de Israel depende da atitude que o povo toma na aliança  com DEUS.
- 1crônica, 2crônica, Esdras, Neemias, 1Macabeus, 2Macabeus – mostram normas básicas para sobrevivência e a organização do povo de DEUS depois do Exílio na Babilônia (Esdras e Neemias) fundamenta estas normas desde o início (1 e 2 Crônicas).
- 1 e 2 Macabeus – mostra a resistência heróica de um grupo diante da dominação estrangeira que procura destruir a cultura e religião do povo de Israel.
- Rute, Tobias, Judite e Ester – apresentam modelos de vivência da fé diante de situações difíceis, seja de vida pessoa (Rute, Tobias), como nacional (Judite e Ester).
10 – O que nos conta o livro de Josué?
Este livro nos fala da conquista e a  partilha de Canaã, a Terra Prometida pelas tribos de Israel.  A conquista da terra foi um processo longo e lento, ora pacífico, ora violento,  que só terminou dois séculos mais tarde, com o  rei Davi.  O personagem central do livro é a Terra Prometida conquistadas pelas tribos de Israel. DEUS concedo o Dom, mas não viola a liberdade e nem prescindo do esforço do homem.  A graça de DEUS é isso; fruto do Dom de DEUS e da conquista do homem.  Josué é uma grande lição sobre a graça.
11 – O que é mais importante Juízes?
O mais importante é que a leitura desta história vale também para toda história de Israel e também para a nossa, que pode ser resumida em 4 palavras: pecado, castigo, conversão e salvação.
12 – O que nos mostra o livro de Rute?
O livro de Rute nos mostram que o amor de  DEUS é para todos.  Este livro é uma bela mensagem para nós hoje.  É também uma grave advertência tanto para aqueles que fazem as leis, como para aqueles que obedecem à letra das leis, mas não o espírito das mesmas.  As leis devem ser, antes de tudo, um serviço aos pobres e uma defesa do direito de todos terem seu pedacinho de chão.
13 – Onde nos é narrada a história de Davi?
A narração começa no 1Samuel capítulo 16, mas a história está centrada na 2 Samuel. Davi é apresentado como o rei ideal, que obedece a DEUS e serve ao povo.  Graças a sua hostilidade política, ele conseguiu a simpatia das tribos sendo aclamado o primeiro rei de Judá, sua tribo.  Depois Davi conquista Jerusalém e a torna ao mesmo tempo o centro do poder político e da religião de Israel. O ponto mais alto de sua história é a profecia de Natã 2Samuel7, onde o profeta anuncia que o trono de Jerusalém sempre será ocupado por um Messias, que quer dizer rei ungido, da família de Davi.
Davi passou para a história como modelo de autoridade política e justa.  Por isso, mesmo com o fim da realeza, os Judeus permaneceram confiantes no ideal messiânico e ficaram à espera do Messias que iria reunir o povo, defendê-lo dos inimigos e organizá-lo numa sociedade justa e fraterna.
Dizendo de JESUS é descendente de Davi, os evangelhos mostram que JESUS é o Messias esperado (daí o nome grego Cristo=Messias).
14 – O que são livros sapienciais e poéticos?
O nome de SAPIENCIAIS é dado a cinco livros do AT: Provérbios, Jó, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria.  A estes são acrescentados dois livros poéticos: Salmos e Cânticos dos Cânticos.  Podemos dizer que esses livros apresentam a sabedoria e a espiritualidade de Israel.
15 – O que nos mostra o livro de Jó?
O livro de jó nos mostra a verdadeira religião.  O autor discute a própria concepção de religião. Israel concebia a relação com DEUS baseada na doutrina da retribuição: DEUS devolve o bem com o bem e o mal com o mal.
O autor nos mostra que a verdadeira religião é mistério de graça e gratuidade: o homem se entrega livre a gratuidade a DEUS; DEUS, mistério insondável, volta-se para o homem gratuitamente, a fim de estabelecer com ele uma relação de vida.
A passagem mais linda encontra-se em Jo42, 5 que é o convite a abertura e a entrega a DEUS, que leva a experiência do novo: ”antes eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem”.
Este pequeno resumo os ajudarão amar e entender um pouco a maior Carta de Amor que já existiu.
Cantar: A Bíblia é a Palavra de DEUS...
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

domingo, 8 de setembro de 2013

Dom Eduardo R. Quintella Traços elementos fundamentais do Sacramento da Crisma

08/09/2013
Sacramento da Crisma
Opção de um católico consciente

No Brasil, existem mais de 100 milhões de pessoas que se dizem católicas. Destas, cerca de 20% frequentam a missa aos domingos. Apenas 5% do total participam mais efetivamente da Igreja.
Com estes dados podemos pensar: quem são os verdadeiros católicos? Você é mais um católico de batizado, casamento e missa de sétimo dia? Ou você é um católico consciente que vem a missa, que se sente Igreja, que aceita a fé católica e participa da comunidade?
Se você acredita que está no grupo dos católicos conscientes ou quer estar nele, deve-se fazer mais uma pergunta: Você já recebeu o sacramento da CRISMA?
A palavra sacramento tem o sentido de sinal sensível que nos comunica a graça de Deus. Ou seja, através dos sacramentos Deus nos transmite sua graça. No batismo, nós recebemos o dom do Espírito Santo e nos tornamos filhos de Deus e participantes da Igreja, que é a imagem do Reino de Deus na terra.
Através do batismo, que recebemos quando crianças, Deus nos dá a semente; nós durante nossa vida devemos regá-la para que produza os frutos do Espírito Santo. Muitas pessoas não aproveitam esta semente e a deixam estéril, seca, sem produzir frutos.
Por isso o mundo está como está hoje. Não aproveitamos o dom que Deus nos deu: o dom de Seu Espírito. Alguém pode perguntar: Se já recebi o Espírito Santo no batismo para que preciso da Crisma? O sacramento da Crisma também nos comunica o Espírito Santo.
Mas através da Crisma nós aceitamos e confirmamos nosso batismo e a fé católica. Por isso, o sacramento do Crisma também é chamado de Confirmação. Através da Crisma, o cristão católico se une mais fortemente a Cristo e a Igreja, assumindo sua missão evangelizadora. Nós nos tornamos verdadeiros soldados de Cristo. Com a Crisma, nós recebemos nossas armas para a grande batalha da Salvação. Nós assumimos o compromisso com nossos irmãos, crentes ou descrentes. Nós passamos a fazer parte do exército de Deus e ele nos dará os dons necessários para empreender nossa tarefa.
A Crisma ou Confirmação é a opção natural para quem é católico e é consciente. E a opção positiva de quem ama a Jesus Cristo e quer participar do Reino de Deus e ajudar a construí-lo. O sacramento da Crisma é o caminho natural para alcançarmos a plenitude da vida em Jesus no Espírito Santo e para termos forças para enfrentar a tudo e a todos pelo Amor do Pai.
 Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Diocese Católica Belo Horizonte

Bispo: Dom Eduardo Rocha Quintella

Mensagem Dominical

Dia 08/09/2013

Jesus é o ungido do Pai que veio ate nós com a missão de evangelizar os pobres, ou seja, de tornar membro do 

Reino dos Céus todos os que colocam a sua esperança no Senhor. Assim, Jesus também nos mostra o que é 

necessário para que a Igreja, o seu Corpo Místico, seja fiel à sua missão de continuadora da sua obra.

sábado, 7 de setembro de 2013

Dom Eduardo R. Quintella - Traça elementos essenciais a Pastoral da Saúde

07/09/2013

VISITA AO DOENTE: A ARTE DE ESTAR COM O OUTRO



O que devo fazer quando o doente fica em silêncio ? Quando ele chora, quando está inconsciente, em estado terminal, com uma doença incurável, revoltado ou depressivo, quando é de outra religião ou ateu, quando não aceita orações e sacramentos, ou ainda quando não está muito disposto a receber visitas e conversar?
Talvez essas sejam as perguntas que mais angustiam os agentes de pastoral da saúde quando visitam os doentes. Por isso, esses são, sem dúvida, os questionamentos que mais ouço quando dou cursos para agentes de pastoral da saúde, ministros da eucaristia e/ou pessoas que visitam doentes nos hospitais e em casa.
Essa angústia aumenta ainda mais quando, nos cursos, falo sobre aquilo que o agente não deveria dizer aos doentes. Ou ainda quando chamo a atenção para que nas vi- sitas os agentes não repitam frases feitas tais como você vai sair dessa, você vai ficar bom, nada acontece por acaso, eu já vi coisa pior, hoje é você, amanhã poderá ser eu, graças a Deus que você está num bom hospital, Deus não dá nada mais daquilo que a gente não pode suportar, comparado ao de Jesus seu sofrimento não é nada. Enfim, aquelas palavras que soam muito bem para quem fala, mas que pouco ajuda quem ouve.
Ao mesmo tempo, procuro ressaltar a importância de não fazer muitas perguntas, não usar os recursos da oração como uma maneira de não se envolver ou se livrar das pessoas, não ter uma preocupação exagerada em oferecer e/ou distribuir sacramentos, orações e bênçãos. Ou então pensar que pode e deve “resolver” os problemas dos doentes, dos familiares ou das pessoas que, direta ou indiretamente, cuidam dele.
Depois de recomendações de não repetir frases feitas, fazer muitas perguntas, tentar impor suas convicções religiosas a ninguém, ter tanta preocupação em falar de Deus, de distribuir sacramentos ou ficar fazendo orações com os doentes, os visitadores, agentes de pastoral da saúde, perguntam: Mas, afinal, se não podemos fazer assim, o que devemos fazer ou dizer? Será que vale a pena continuar visitando os doentes?
A IMPORTÂNCIA DA VISITA
Todos os que se dispõem visitar os doentes, nos hospitais ou em casa, devem ter uma certeza: Toda e qualquer visita, mesmo que seja feita de maneira não muito conveniente, sempre acaba provocando certo bem-estar para a pessoa. Anão ser que o visitador caia num vale de lágrimas: leve e exponha seus problemas pessoais e dificuldades para o doente que já tem os seus.
Os livros e artigos sobre relação de ajuda e Pastoral da Saúde ressaltam o bem-estar que a visita provoca nas pessoas. Ao mesmo tempo, lembra que na visita pastoral não existe o certo e o errado. O que existe são maneiras, mais ou menos convenientes, de estabelecer uma relação de ajuda com os doentes. Acrescenta-se a tudo isso que, na visita pastoral, cada caso é um caso.
Não podemos nos dar ao luxo de pensar que não precisamos de nenhum preparo para esse tipo de trabalho. Infelizmente, são muitos os que pensam dessa maneira. Assim, desde que eu tenha fé, amor e boa vontade, o resto o Espírito Santo garante. Uma boa preparação ajudará o agente a descobrir a maneira mais conveniente de visitar um doente e, sobretudo, que a visita é uma oportunidade de estar com o outro.
O ESTAR COM O OUTRO
Todas as dúvidas e inquietações surgidas nas visitas pastorais resultam da preocupação do agente em fazer algo pelo outro: O que eu posso fazer para ajudar o outro a resolver seus problemas?
No entanto, na visita pastoral, mais importante do que pensar no que eu posso fazer, é pensar que a finalidade principal da visita não é fazer algo pelo outro mas estar com o outro. Estando com o outro, certamente poderei ajudá-lo de alguma maneira. Porém, se minha preocupação maior for fazer algo, a impossibilidade de realizar tal tarefa poderá causar certa frustração.
No Novo Testamento são muitos os relatos que mostram as atitudes de Jesus para com as pessoas. Chama nossa atenção a maneira de Jesus agir. Embora não tivesse maior preocupação em reunir grandes multidões, sabia como ninguém, quando estava com as pessoas, aproveitar bem as oportunidades. No capítulo quatro do evangelho de São João por exemplo, temos o episódio que narra o encontro com a mulher samaritana que estava apanhando água no poço (cf. Jo 4). Nele, Jesus se coloca na condição de necessitado, só depois que ela se sente amparada começa a fazer algo por ela, ou evangelizá-la.
No evangelho de Lucas, na caminhada com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35), antes de fazer qualquer observação ou recomendação, caminha durante algum tempo com eles. Só depois de ouvi-los, provoca confronto. "Afinal, sobre o que vocês estavam conversando enquanto caminhavam pelo caminho?" São Marcos, relata o encontro de Jesus com o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46-52). Também aqui, Jesus só realiza a cura depois de Bartimeu expressar sua vontade: "Mestre, eu quero ver de novo".
Portanto, quando visitar doentes, muito mais do que pensar no que vai fazer e/ou falar para ajudar o outro, pense em estar com ele. Pois a primeira finalidade da visita não é fazer desaparecer as dores e os problemas daquele que sofre, mas enfrentá-los, de maneira criativa, para o próprio crescimento.
Diocese Católica Ortodoxa Belo Horizonte

Bispo: Dom Eduardo Rocha Quintella

Mensagem Cristã

Dia 07/09/2013

O Homem que está verdadeiramente ligado a Jesus, não significa que não irá sofrer por problemas das mais diversas naturezas; significa ao contrário, que os terá, mais irá vencê-los, porque tem fé que Jesus estará do seu lado. 

Precisamos entender que a verdadeira comunhão com Deus se dá em espírito, verdade e fé, através da oração, é a nossa porta de entrada para comunicarmos com Deus.

Portal na Internet: www.domquintella.com.br 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dom Eduardo R. Quintella - Bispo Diocesano Ortodoxo Belo Horizonte - Elucida Bíblia e Fraternidade

06/09/2013
Bíblia e Fraternidade
Estamos no mês da Bíblia. Jesus nos convida ao diálogo para superar os conflitos, pois vivemos neste mundo marcado por tanta violência que causa muitas vitimas na sociedade.
Por isso, Jesus vem nos ensinar que correção fraterna, apesar de difícil, é um belo gesto de ajuda entre os irmãos que se amam e se respeitam. Aproveitemos todo este mês para nos dedicarmos mais ao estudo da Palavra de Deus.
A Igreja, embora de instituição divina, conhece a dura realidade do pecado. Composta de homens e mulheres, nela sempre estará juntos o bem e o mal, a justiça e o pecado.
Ela é na história um corpo misto, e não uma comunidade de puros, perfeitos e santos. Ela deve mostrar uma prontidão especial para com aqueles que fracassam em sua vida cristã.
A Igreja se apresenta, então, como comunidade de salvação, no sentido sacramental: ela representa, torna presente o Salvador, que nos une com o Pai. A verdadeira comunidade eclesial é sacramento de Cristo e do Pai.
Com a certeza da presença do Ressuscitado no meio da comunidade, somos convidados a agir como Deus age. Neste mundo de competição, ganância, mentira e acumulação, a comunidade deve ser um espaço alternativo de solidariedade, fraternidade, prática da justiça, da verdade e do perdão.
O verdadeiro amor não deixa as pessoas como são com seus defeitos e as suas limitações. Amar um irmão significa ajudá-lo a crescer em todos os níveis, querer concretamente a sua libertação, daquilo que é defeituoso e mau, lutar por sua plena humanização.
Corrigir é a grande obra de amor. Na correção fraterna o cristão faz largo uso do encorajamento. Corrigir o irmão para os caminhos de Deus é uma das maiores facetas da caridade.
Como é rica e particularmente importante a Palavra do Senhor. Vamos guardá-la e transformá-la em vida. Temos, com certeza, muitos irmãos que esperam, sem saber, a nossa ajuda amiga, para a descoberta do verdadeiro sentido de suas vidas.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Católico Ortodoxo Belo Horizonte
Diocese Católica Ortodoxa De Belo Horizonte





Bispo: Dom Eduardo Rocha Quintella

Catequese Eucarística.

Dia 06/09/2013

Não há Celebração Eucarística sem comunhão. Também nossa Eucaristia interior que a tradição chamou de Comunhão Espiritual, é alimentar-se pela fé, com o Corpo e Sangue de Cristo sem usar os elementos visíveis do pão e do vinho. Sabemos que o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo.....

Eu sou o pão da vida(Jo 6,63)

Vem Senhor Jesus....

Tende Piedade de nós
Oração pela Síria: Dom Eduardo Rocha Quintella preside Vigília Eucarística e Missa.
06/09/2013

Oração pela Síria: Dom Eduardo R. Quintella preside Vigília Eucarística e Missa.

No próximo Domingo, 8 de setembro, o bispo Diocesano Ortodoxo de Belo Horizonte, Dom Eduardo Rocha Quintella, preside Missa e Vigília Eucarística na Paróquia São José- Vila Maria- Lagoa Santa, pela paz na Síria.

Programação da Paróquia São José

15h - Vigília Eucarística

16h - Missa

Paróquia São José

Av. Pinto Alves, 2414 – Vila Maria – Lagoa Santa.

Informações: 31-9138-9943

A Diocese Ortodoxa de Belo Horizonte promove a Campanha Juntos pela Síria, com o objetivo de captar recursos para a compra de alimentos. Por causa dos bombardeios, grande parte da população daquele país está desabrigada, sofrendo com a fome. Contribua com a Campanha.

Caixa Econômica Federal

Agência: 2161-

Operação: 013

Conta Corrente: 20362-2

Mitra Diocesana Ortodoxa de Belo Horizonte

domingo, 1 de setembro de 2013

Banquete Da Vida 

Diocese Católica Belo Horizonte

Bispo:  Dom Eduardo Rocha Quintella

Portal na Internet: www.domquintella.com.br   

Dia 01/09/2013



A vida é um banquete para o qual todos os seres humanos são convidados a participar com igualdade de condições e honras. Nesse banquete, da vida o lugar do discípulo de Jesus é o último, ou seja, o lugar do servidor. Ele por amor a nós se faz servo, e nos convida a fazer o mesmo. 

Uma das características dos servidores do banquete da vida, do Reino, é a humildade, que é contrária à auto-suficiência. Ser humilde é reconhecer a pequenez do ser humano, necessitado da força de Deus para viver e servir no banquete da vida.

É o caminho que o mesmo Jesus percorre, faz-se servo por amor até a morte de cruz e é exaltado pelo Pai, como canta o hino de Paulo ao filipenses.

Considero que aqui está uma das regras de ouro dos discípulos de Jesus, servir a todos sem exclusão, mais ainda prestar maior atenção aos pobres, aleijados e cegos.

Olhando ao nosso redor, os pobres, aleijados e cegos são aqueles que por diferentes razões já não contam para a sociedade porque não servem segundo a lei do mercado. Não podem contribuir para seu crescimento econômico, para o qual não existem.

A realidade na qual vivemos é um apelo à nossa generosidade e gratuidade para fazer deste mundo a verdadeira casa de todos os filhos de Deus.

Jesus nos adverte a não buscar recompensa agora, a não esperar o reconhecimento ou retribuição de ninguém. Unamo-nos gratuitamente ao projeto de Deus, e Deus mesmo se encarregará de cuidar de seus filhos.
Diocese Católica Belo Horizonte

Portal na Internet: www.domquintella.com.br

Bispo: Dom Eduardo Rocha Quintella

Catequese Dominical.

XXIIº Domingo Do Tempo Comum – Ano Litúrgico C

Dia 01/09/2013.



Setembro é o mês da Bíblia em que a Igreja recorda a sua importância.  Que a Palavra de Deus seja a luz dos nossos passos e o clarão das nossas consciências. Que a leitura orante e o estudo das Escrituras nos levem a aderir ao Mistério Pascal de Jesus Cristo.
Neste mês da Bíblia, procuremos assimilar o que a palavra nos propõe, e, mais que isso. Praticá-la sempre, para assim podermos crescer no amor, na fé, com uma religiosidade mais madura. E, ajudar a sociedade a se tornar mais cristã.

Oração Do Dia:

Ó Vem Conosco, vem caminhar, Santa Maria, Vem.............(BIS)


Mesmo que digam os Homens: Tu nada podes mudar; lutas por um mundo novo, de unidade e paz.

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