O verdadeiro desafio do Cristianismo é
devolver a esperança a um mundo que parece perdido. E para encarregar-se dessa
missão, com todas as forças, com a capacidade de regenerar-se, será a entrega
pastoral de uma comunidade eclesial consciente de ter algo de positivo a dizer
ao mundo.
É esta a perspectiva na qual se deve
mover a Igreja: a identificação da família, educação dos jovens, no diálogo
ecumênico e inter-religioso e de uma renovação da catequese, especialmente
aquela endereçada aos adultos, como os pontos centrais sobre os quais se deve
concentrar.
Neste tempo de tantas possibilidades e
ofertas, não podemos nos esquecer de que precisamos voltar nosso olhar e
interesse pelas coisas de Deus. Em particular, a família no seu conjunto é
protagonista decisiva da transmissão da fé, e neste âmbito é reconhecido o
papel importante que as mulheres têm tido e tem na transmissão da fé cristã.
O processo cultural de secularização é
particularmente marcante e merece ser considerado seja como desafio que se
coloca para a Igreja sob o perfil cultural, seja como oportunidade oferecida
àquela pessoa que crê para renovar as próprias categorias espirituais e
culturais.
Todas as crises que sofremos são
espirituais, dentro e fora da Igreja. Uma crise que deve ser lida, enfrentada e
vencida primeiramente na ordem sobrenatural, antes que cultural social e
econômico.
Mediante a unção profética do Espírito
Santo, saberemos devolver ao homem, o humano e ainda ao homem, o divino, assim
como às nossas sociedades pagãs, uma nova ética das virtudes.
Porém, toda a ação do cristão, mesmo
fundamentada na catequese, se torna fraca se não for alimentada pela oração.
Daí a importância da oração contínua na vida de fé.
Os Evangelhos registram o que Jesus falou
e fez em favor dos que querem seguir e estar com Deus. Este estar com Deus se
inicia no hoje da Redenção e Salvação, toda vez que vivemos plenamente os
valores por Ele ensinados.
Em uma sociedade marcada por mudanças
culturais e sociais, a saída pode estar na formação de pequenos grupos, que busquem
ir atrás das pessoas para evangelizá-las. Para que isto se concretize, deve ser
necessário que a Igreja abra ao protagonismo dos Leigos.
Fazer da Igreja
uma rede de pequenas comunidades eclesiais, porque nós devemos sempre promover
e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto.
+Dom Eduardo Rocha
Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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