Eu sou a porta das ovelhas
Neste IV Domingo da Páscoa celebramos o Domingo do Bom Pastor e também o dia dedicado às vocações sacerdotais e religiosas, quando lemos o Evangelho do Bom Pastor.
Talvez seja momento de chamar atenção de nossas comunidades para o valor da vida. Aqueles que passam pela porta, que é Jesus, vão encontrar e experimentar a alegria de viver e de repartir a vida na base do amor, da solidariedade, da compaixão e do acolhimento. Tudo isso leva à fraternidade e nos aproxima de Deus.
Mas, o mais importante é passar pela porta, passar por Jesus, para poder compreender isso. A vida cristã se traduz em seguimento a Jesus Cristo, reconhecendo-o como o Bom Pastor, aquele que conduz suas ovelhas à vida plena.
Entra-se nesta vida passando pela porta, que é Jesus Cristo, que é também sua Cruz, através do Batismo, quando nos dispomos a viver caminhando nos caminhos do Evangelho.
Por este relato se vê que a Igreja é uma comunidade que reza. Ao rezar, escuta aquilo que o Espírito Santo lhe diz. Cada um de nós faz parte desta mesma comunidade.
É na oração que descobriremos a presença do Senhor; que receberemos a luz, para que não haja trevas na nossa vida; que receberemos as palavras do Senhor, como vindas do Pai; que escutaremos o Espírito Santo, para que nos oriente sobre o que devemos fazer; que nos decidiremos a anunciar a palavra de Deus aos outros.
A imagem do Bom-Pastor, plena de conteúdo salvífico, permite também que toda obra e ministério eclesiais sejam chamados de Pastoral porque os batizados, segundo os carismas que possuem, são vocacionados ao serviço, dando a vida pela causa Daquele que se entregou por nós. Portanto, a imagem desperta a generosidade e a disponibilidade dos cristãos para o serviço na Igreja e no Mundo, à semelhança do pastoreio de Jesus.
Celebrar e experimentar bem este domingo é deixar crescer em nós o sentido de comunidade-Igreja, povo reunido para celebrar sua fé, centralizar a nossa vida e pratica de fé no Mistério Pascal de Cristo que se realiza nos Sacramentos e plenamente na Eucaristia; Adestrar e aguçar os sentidos para colher a Vontade de Deus nos pequenos gestos, nas coisas simples do dia a dia e na pratica comum da fé e da caridade.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese de Belo Horizonte
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