quarta-feira, 3 de setembro de 2014

EFICÁCIA DA EVANGELIZAÇÃO – 03/08/2014
A Igreja está muito preocupada com a evangelização. A situação só sofrerá alterações se os cristãos derem testemunho e não tiverem medo de falar de Jesus Cristo. A vida dos cristãos deverá ser transparente para que os outros nos olhem e queiram ser como nós, ser cristão em todos os minutos da vida. Num mundo conturbado as pessoas estão preocupadas com muita coisa e ficam no seu tradicionalismo religioso. A primeira etapa passa pelo conhecimento da realidade porque são os homens a quem vamos anunciar o evangelho.
A coerência da vida dos cristãos com sua fé é condição de eficácia da Evangelização. Somente esta coerência poderá evitar os desvios do materialismo, do consumismo e do hedonismo e superar as estruturas geradoras de injustiça que foram impostas a um povo de tradição cristã. É preciso mostrar que a religião, especialmente o cristianismo, é fermento de libertação da pessoa e de transformação da sociedade. Muitas ações para construir uma sociedade justa e solidária devem-se à iniciativa ou contam com a parceria de cristãos e de comunidades eclesiais. Estes não percam a oportunidade de explicitar as razões de sua esperança, a motivação profunda de sua fé e o seu objetivo último, que é o Reino.
No contexto de uma sociedade excludente e consumista, voltada basicamente para o lucro, os cristãos devem estar vigilantes contra a tentação de transformar também a religião em mercadoria, evitando toda a aparência ou semelhança de práticas religiosas com práticas comerciais. A transformação da sociedade atual exige, mais do que nunca, o espírito das bem – aventuranças evangélicas.
O interesse autêntico e sincero pelos problemas da sociedade, que nasce da solidariedade para com as pessoas, deve ser manifestado por toda a comunidade cristã, e não apenas por algum grupo ou alguma pastoral social. É sinal privilegiado do seguimento daquele que veio para servir e não para ser servido. Uma comunidade insensível às necessidades dos irmãos e à luta para vencer a injustiça é um contratestemunho, e celebra indignamente a própria liturgia.
O empenho da Igreja pela promoção humana e pela justiça social exige também um amplo e decidido esforço para educar os católicos no conhecimento da Doutrina Social da Igreja como decorrência ética imprescindível da própria fé cristã. A ética social cristã não é opção facultativa ou generoso empenho de poucos, mas exigência para todos. Ela é contribuição própria da Igreja para a construção de uma sociedade justa e solidária e deve ocupar lugar de destaque em nossos programas de formação e na própria pregação inspirada pelo Evangelho.
A Educação dos católicos à solidariedade e ao engajamento social pode ser adquirida através da formação na ação, segundo modalidades já experimentadas ou outras a criar. Por exemplo: Constituição ou apoio a grupos e escolas de Fé e Política; iniciativas de formação social e política, particularmente dos jovens; engajamento nas campanhas da Fraternidade, que anualmente destacam um tema social relevante da realidade brasileira; empenho nas iniciativas da Cáritas e das Comissões Justiça e Paz, participação no Grito dos Excluídos e no Mutirão para a Superação da Miséria e da fome.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
Portal na internet: www.domquintella.com.br
E-mail: domeduardorochaquintella@hotmail.com

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