Há muito a se fazer na compreensão da ação do Espírito na Igreja
Podemos dizer que sem a
ação do Espírito Santo, a compreensão teológica bem como as estratégias
missionárias serão insuficientes na dinâmica da propagação do evangelho e na
vida da igreja. Dependemos do Espírito para converter o coração do povo,
uni-lo, levá-lo a adoração a Cristo e inflamá-lo a pregar o evangelho.
Acreditamos que é o
Espírito Santo quem convence o homem do seu pecado. O homem natural sabe que é
pecador, porém apenas com a intervenção do Espírito ele passa a se sentir
pecador. Portanto em toda a apresentação do evangelho, se o Espírito Santo não
convencer o homem do pecado e do juízo, nossa exposição da verdade de Cristo
não passará de uma apologia humana.
A vida humana é chamada a
ser uma vida no Espírito, não só porque somente no Espírito podemos
experimentar e conhecer Deus como Deus, mas porque, na economia da salvação,
realizada pela missão do Filho e do Espírito, o Verbo e o Espírito são
inseparáveis.
Pode-se dizer que o que
caracteriza a atual Teologia do Espírito Santo, ou Pneumatologia, é, na
expressão de Congar, que entendemos hoje por Pneumatologia não a teologia
da terceira Pessoa em si mesma, mas o impacto de uma consideração ativa do
Espírito sobre a maneira de ver a Igreja, sua vida e seus membros.
Há muito a se fazer na
compreensão da ação do Espírito na Igreja, tendo em vista, em particular, a
problemática brasileira dos choques, aparentemente inevitáveis, entre os
objetivos das pastorais libertadoras e a concepção de vida pessoal e
comunitária que prevalece nos diversos movimentos de tendência carismática.
O
segredo da pneumatologia é a sua vinculação estreita com a realização do
desígnio de Deus no Cristo Jesus, salvaguardando sempre a santificação como
participação antecipada na vida de Deus, quer na intimidade da oração, quer na
transformação da sociedade segundo o Evangelho.
+Dom
Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese de Belo Horizonte
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