Bendito o que vem em nome do Senhor
Neste Domingo de Ramos, de um lado, seguindo os passos de Jesus, hoje fazemos memória de sua entrada triunfal em Jerusalém. Com os ramos nas mãos acolhemos aquele que vem a nós como humilde rei servidor; e, de outro, perceberemos que a Palavra de Deus nos questiona quem é Jesus para nós.
O Domingo de Ramos, do ponto de vista litúrgico, é conhecido como Domingo da Paixão, e tem a finalidade de preparar os cristãos para caminhar com Jesus na sua Páscoa. O Domingo de Ramos prepara os celebrantes a entrar na grande Semana Santa para com ele orar até o momento de sua entrega definitiva.
Hoje Jesus quer também entrar triunfante na vida dos homens, sobre uma montaria humilde: quer que demos testemunho d’Ele com a simplicidade do nosso trabalho bem feito, com a nossa alegria, com a nossa serenidade, com a nossa sincera preocupação pelos outros.
A história de cada homem é a história da contínua solicitude de Deus para com ele. Cada homem é objeto da predileção do Senhor. Jesus tentou tudo com Jerusalém, e a cidade não quis abrir as portas à misericórdia. É a profundidade do mistério da liberdade humana, que tem a possibilidade de rejeitar a graça divina.
A Igreja nos lembra que a entrada triunfal vai perpassar todos os passos da Paixão de Cristo. Terminada a procissão mergulha-se no mistério da Paixão de Jesus Cristo, na esperança da vitória final. Que durante a Semana Santa possamos tirar muitos frutos da meditação da Paixão de Cristo. Que em primeiro lugar tenhamos aversão ao pecado; possamos avivar o nosso amor e afastar a indiferença.
A Cruz iluminada pela fé fala de salvação, de comunhão, de misericórdia, de amor extremado, de Reino e de eternidade. Ressurreição já plantada em nós, que, nestes dias de oração e meditação, deve deitar raízes fundas em nós, para dar razão ao nosso viver, despido, por vezes, de razões válidas e objetivas.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese de Belo Horizonte
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