sábado, 25 de junho de 2011

XIII Domingo do tempo comum Ano A – (Mt 10, 37-42)



A liturgia de hoje sugere que Deus conta conosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do Reino. Pelo batismo, Deus dá-nos a sua graça que nos faz participar na vida divina trinitária. É pelo batismo que a vida de Deus se comunica aos homens.

Assim sendo, o batismo não é um rito social que se procura por tradição ou por influências sociais. O batismo é um sacramento, o primeiro sacramento, pelo qual somos incorporados em Cristo e na Igreja. O batismo é a identidade de cada um e de todos os cristãos.

Seguir Jesus, ser discípulo de Jesus não é algo fácil, exige renúncias e muitas vezes rupturas. Na verdade, a opção fundamental dos cristãos deve ser Jesus e o Reino de Deus. Diante desta opção fundamental, que deve orientar toda a nossa existência e escolhas, tudo o resto torna-se relativo.

Não se trata de uma atitude de sentimento, mas de valores. E mais. Quem amar Cristo verdadeiramente saberá amar seus familiares de modo equilibrado e afetuoso. Cristo não impede de amar a família, ao contrário, seu amor nos ensina a amá-la de modo mais pleno e diferente que mero sentimento.

 Ora os cristãos, pelo Batismo, são enxertados em Cristo. Quer dizer: entram a fazer parte do Corpo de Cristo e passam a receber de Cristo a vida que os alimenta. Se neles circula a mesma vida de Cristo, o pecado já não tem aí lugar: só tem aí lugar essa vida de dom, de amor, de entrega, de serviço que conduz à ressurreição, à vida definitiva.



Dom  Eduardo Rocha Quintella
Bispo  Diocese Belo Horizonte

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