A liturgia de hoje nos descreve as condições de pregação da Igreja dos primeiros tempos e de sempre. A sua mensagem é, certamente, a Palavra divina, que é eficaz e fecunda como a chuva que fertiliza o chão.
Depois dos testemunhos de vida manifestado e celebrado nos Apóstolos Pedro e Paulo, a Liturgia nos leva a considerar a importância de realizar nosso apostolado, no mundo de hoje, como semeadores dos valores do Evangelho.
É assim que a Liturgia introduz os celebrantes nas parábolas do Reino, ajudando-os a compreender a importância de acolher a semente da Palavra divina, para que o projeto do Reino seja aceito, ruminado e produza frutos na sociedade de nossos dias.
A missão da Igreja é semear, inserindo-se em todos os setores em que atuam as pessoas e ser aí fermento de transformação, apesar da incredulidade e das rejeições.
A parábola do semeador é uma exortação à comunidade de fé, em vista de sua perseverança e do bom testemunho (da produtividade) dos convertidos ao seguimento de Jesus e à proposta do Reino.
Contudo, cada um e cada comunidade devem se perguntar que tipo de terreno são: beira de caminho, pedregoso, cheio de pestes daninhas ou terra boa.
A Palavra de Deus, proposta continuamente na liturgia, é sempre viva e eficaz, pelo poder do Espírito Santo, e manifesta o amor ativo do Pai, que nunca deixa de ser eficaz entre os homens.
Reunida e alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, a assembléia dos fiéis transforma-se em povo de Deus, Corpo de Cristo.
Hoje, somos convidados a semear e semear muito. Quando melhor, para que a colheita seja farta e o Reino se faça presente entre nós.
O grande tema deste Domingo é a eficácia da Palavra de Deus dentro da vida humana. Tema que domina toda a tradição bíblica e continua para nós hoje.
Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte
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