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15/02/2014
Homem instruído no Reino dos Céus
Uma experiência com a Palavra de Deus
A oração nos purifica, a leitura nos instrui. Pratiquemos uma e outra coisa, porque ambas são boas. Mas se isso não for possível, é melhor orar do que ler.
Quem deseja estar sempre com Deus, deve orar e ler freqüentemente. Quando oramos, falamos com Deus; mas quando lemos, é Deus que fala conosco.
Todo nosso progresso provém da leitura e da meditação. Pela leitura aprendemos o que ignorávamos; e o que aprendemos, conservamos pela meditação.
É duplo proveito que tiramos da leitura da Sagrada Escritura: ilumina nossa inteligência e, afastando-nos das vaidades do mundo, leva-nos ao Amor de Deus.
Dupla deve ser também a preocupação com o que devemos ler: primeiramente, procurar compreender a Escritura; depois, explicá-la com a devida referência para proveito do próximo. Evidentemente, só quem procura compreender o que leu está apto para explicar o que aprendeu.
O leitor diligente pensa mais em praticar o que lê do que adquirir ciência, pois é um mal menor não saberes o que desejas do que não cumprires o que sabes. Da mesma forma, assim como lemos para compreender o que é reto, devemos em seguida pôr em prática o que compreendemos.
Ninguém pode descobrir o sentido da Sagrada Escritura se não se familiarizar com a sua leitura, como está escrito: ‘‘Estima-a, e ela te honrará; se a abraçares, ela será tua glória’’ (Pr 4, 8).
Quanto mais assíduos formos à leitura da Palavra de Deus, tanto melhor a compreenderemos, à semelhança da terra: quanto melhor é cultivada, tanto mais frutifica.
Há alguns que têm boa inteligência, mas são negligentes em ler os textos sagrados; o seu interesse mostra desprezo por aquilo que a leitura lhes poderia ensinar. Há outros, porém, que desejam saber, mas têm pouca inteligência. Estes, no entanto, através de uma leitura assídua, conseguem aprender aquilo que os mais inteligentes, pela sua preguiça, nunca aprenderão.
Como o menos inteligente consegue, por sua aplicação, recolher o fruto do estudo diligentes, aquele que menospreza a inteligência que Deus lhe deu torna-se réu de condenação, porque despreza um Dom recebido e o deixa sem fruto.
A doutrina que não é auxiliada pela graça de Deus entra pelos ouvidos, mas não chega ao coração; faz ruído exteriormente, mas interiormente não aproveita ao Espírito. A Palavra de Deus só desce dos ouvidos para o íntimo do coração quando a graça de Deus tocar a inteligência para compreender.
15/02/2014
Homem instruído no Reino dos Céus
Uma experiência com a Palavra de Deus
A oração nos purifica, a leitura nos instrui. Pratiquemos uma e outra coisa, porque ambas são boas. Mas se isso não for possível, é melhor orar do que ler.
Quem deseja estar sempre com Deus, deve orar e ler freqüentemente. Quando oramos, falamos com Deus; mas quando lemos, é Deus que fala conosco.
Todo nosso progresso provém da leitura e da meditação. Pela leitura aprendemos o que ignorávamos; e o que aprendemos, conservamos pela meditação.
É duplo proveito que tiramos da leitura da Sagrada Escritura: ilumina nossa inteligência e, afastando-nos das vaidades do mundo, leva-nos ao Amor de Deus.
Dupla deve ser também a preocupação com o que devemos ler: primeiramente, procurar compreender a Escritura; depois, explicá-la com a devida referência para proveito do próximo. Evidentemente, só quem procura compreender o que leu está apto para explicar o que aprendeu.
O leitor diligente pensa mais em praticar o que lê do que adquirir ciência, pois é um mal menor não saberes o que desejas do que não cumprires o que sabes. Da mesma forma, assim como lemos para compreender o que é reto, devemos em seguida pôr em prática o que compreendemos.
Ninguém pode descobrir o sentido da Sagrada Escritura se não se familiarizar com a sua leitura, como está escrito: ‘‘Estima-a, e ela te honrará; se a abraçares, ela será tua glória’’ (Pr 4, 8).
Quanto mais assíduos formos à leitura da Palavra de Deus, tanto melhor a compreenderemos, à semelhança da terra: quanto melhor é cultivada, tanto mais frutifica.
Há alguns que têm boa inteligência, mas são negligentes em ler os textos sagrados; o seu interesse mostra desprezo por aquilo que a leitura lhes poderia ensinar. Há outros, porém, que desejam saber, mas têm pouca inteligência. Estes, no entanto, através de uma leitura assídua, conseguem aprender aquilo que os mais inteligentes, pela sua preguiça, nunca aprenderão.
Como o menos inteligente consegue, por sua aplicação, recolher o fruto do estudo diligentes, aquele que menospreza a inteligência que Deus lhe deu torna-se réu de condenação, porque despreza um Dom recebido e o deixa sem fruto.
A doutrina que não é auxiliada pela graça de Deus entra pelos ouvidos, mas não chega ao coração; faz ruído exteriormente, mas interiormente não aproveita ao Espírito. A Palavra de Deus só desce dos ouvidos para o íntimo do coração quando a graça de Deus tocar a inteligência para compreender.
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