sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sexto Domingo Comum - 12/02/2012


O corpo doente obstaculiza 
a vida plena e o próprio amor

A liturgia do Sexto Domingo do Tempo Comum apresenta-nos um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos homens.

Temos uma página bastante comum no evangelho de Marcos: Jesus cura, não somente prega, enquanto associa palavras e atos. Suas ações trazem libertação, porém libertação integral, espiritual e corporal ao mesmo tempo.

Seu modo de expressar a religião que professa inclui a misericórdia, o cuidado, o amor libertador, valores espirituais elevados para muito acima da religiosidade comum, sem misericórdia, sem sentimentos, regulamentar, preceitualista.

Jesus não pratica essa religião. Ao contrário, combate a religião moralista que impede a abertura para o outro, ou para a comunidade em si. Para ele, amar é libertar.

O corpo doente obstaculiza a vida plena e o próprio amor. Jesus não discute em nenhum lugar as ambigüidades de corpos e espíritos separados. Ou almas liberadas das enfermidades demoníacas de sua época.

Ele simplesmente cura as pessoas, mereçam ou não seu cuidado. O Reino de Deus está próximo. O reino é a justiça que tudo alcança; é compromisso com a causa de Deus, e não uma abstração sobre o Mal e o Bem.

Jesus cura, não prega uma abstração sobre o mal da doença. Inclusive as doenças da sociedade humana. Suas ações trazem libertação, porém libertação integral, espiritual e corporal ao mesmo tempo.

+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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