sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dom Eduardo Rocha Quintella Reflete sobre o Pão Partido

02/08/2013
Partilha do Pão


Como Igreja, e membros da comunidade de fé, somos gratuitamente convidados a participar do banquete messiânico. Jesus nos convida a alimentar de sua palavra e da eucaristia para que nenhum de nós venhamos a passar fome.
Jesus propõe a superação da fome e da miséria, pois ao se compadecer dos pobres e famintos, nos ensina que devemos ter compaixão e partilharmos com eles o muito ou o pouco que temos, pois Deus não abandona seus filhos.
A partilha do pão, que passa pelas mãos de Jesus, é um fato concreto de que o Reino é possível entre nós.  A Palavra de Deus reflete a realidade histórica de fome de séculos. No Brasil, múltiplas iniciativas visam a acabar com a fome. A realidade da fome e da pobreza é gritante.
A benção de Jesus sobre os pães e peixes que os discípulos lhe trazem significa redirecionar a Deus aquilo que é de Deus. Significa desvincular os bens da posse excludente para libertar o dom de Deus em sua criação colocando-o ao alcance de todos.
A benção liberta também o coração e a generosidade leva à partilha e à saciedade de todos. A sobra indica a eficiência da generosidade. A partilha é a expressão do amor de Jesus. Nada nos separa deste amor que se manifesta, hoje, nas pessoas e comunidades que buscam a justiça e constroem a fraternidade.
Na abertura solidária para os outros, não podemos esquecer que a melhor oferta de pão, que ninguém recusa porque não marginaliza ou exclui, é o amor, a acolhida, o respeito à dignidade de cada pessoa. Talvez esse seja o pão de que mais se tenha fome em nossos dias.
+Dom Eduardo Rocha Quintella
Bispo Diocese Belo Horizonte

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