O Espírito Santo sempre age
de forma nova e criativa na história do mundo e da Igreja. Ele é livre para
suscitar homens e mulheres que nos surpreendem pela radicalidade no seguimento
de Jesus, pela prática do Evangelho, e suscita novos impulsos e formas
inesperadas de espiritualidade e evangelização.
Deixemo-nos conduzir pelo vento da liberdade e
da criatividade do Espírito. De forma radical, ele convida a Igreja toda a
voltar ao Evangelho para encontrar Jesus, a seguir Jesus, o único modelo, isto
é, ir às raízes daquilo que faz com que uma existência seja realmente cristã e
evangelizadora.
Entre Deus e nós, existe
sempre a mediação humana. Num tempo em que a religiosidade orna-se de ruídos,
balbúrdia de palavras e jogos de efeito, a espiritualidade cristã é um
contraponto para quem se sente mais evangélico no silêncio da oração, na
adoração silenciosa da Eucaristia, na busca do deserto, no serviço aos pobres e
na defesa da vida.
Diante de tantos
preconceitos raciais, culturais, religiosos e sociais que geram conflitos e
exclusões em toda a parte, a Igreja nos ensina que somos diferentes, mas
profundamente iguais em dignidade e direitos. Precisamos a aprender a dialogar
sem julgar, sem impor, sem condenar.
Muitas podem ser as maneiras
de viver este posicionamento em favor dos mais pequeninos e sofredores de hoje.
Peçamos neste tempo de advento, para ter a coragem de escolher por eles,
porque, só a partir dos últimos da sociedade é que se pode incluir e amar a
todos.
+Dom Eduardo Rocha
Quintella
Bispo de Belo Horizonte
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